Professores estão usando ChatGPT — e alguns alunos não estão de acordo

Professores universitários defendem uso de IA generativa, mas alunos pedem mais honestidade e supervisão humana

Imagem: YuTphotograph /Shutterstock

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O uso de ferramentas de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, por professores universitários está gerando controvérsia entre estudantes, que questionam a ética e a transparência dessas práticas. É o que mostra uma matéria do New York Times.

Alguns alunos consideram hipócrita que docentes proíbam o uso de IA nas avaliações, mas eles próprios recorram à tecnologia na criação de materiais didáticos.

Um caso emblemático reveleado na matéria foi o de Ella Stapleton, aluna da Universidade Northeastern, que identificou sinais claros de conteúdo gerado por IA em notas e apresentações de aula. Ela formalizou uma reclamação, solicitando o reembolso da mensalidade da disciplina obrigatória — mais de US$ 8 mil.

ChatGPT já teria gerado feedback para alunos

  • Situações semelhantes vieram à tona em outras instituições.
  • Em uma universidade online, uma estudante descobriu que o feedback positivo recebido sobre sua redação havia sido gerado por ChatGPT, com instruções explícitas dadas ao sistema pelo professor.
  • Casos assim levantam dúvidas sobre a qualidade do ensino e o valor da experiência humana na educação superior.
Alunos questionam qualidade de ensino de professores que trabalham com a ajuda do ChatGPT – Imagem: Bangla press/Shutterstock

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Professores defendem uso para otimizar tempo

Apesar das críticas, muitos professores defendem o uso da IA como uma ferramenta que economiza tempo, reduz a sobrecarga de trabalho e permite dedicar mais atenção individual aos alunos. Pesquisas recentes mostram que o uso de IA por docentes quase dobrou em um ano.

Alguns criaram chatbots personalizados para fornecer feedback constante ou reforçar o aprendizado fora do horário de aula.

Especialistas reconhecem os benefícios da IA, mas alertam para a necessidade de regras claras, revisão criteriosa e transparência com os alunos.

O uso da tecnologia deve servir para complementar — e não substituir — a experiência humana. Universidades, como a Northeastern, já começam a implementar políticas formais que exigem atribuição clara e revisão dos conteúdos gerados por IA.

ChatGPT
Estudantes denunciam hipocrisia e cobram transparência sobre o uso de IA em sala de aula (Imagem: photosince / Shutterstock.com)
Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

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