
Tudo sobre Inteligência Artificial
A inteligência artificial é hoje um dos pontos de atenção da Igreja Católica. O novo papa, Leão XIV, destacou publicamente suas preocupações com o rápido avanço da tecnologia em seu discurso inaugural no Colégio dos Cardeais.
O pontífice prometeu abordar os riscos que a IA representa para a “dignidade humana, justiça e trabalho”. Além disso, em sua primeira reunião com jornalistas, pediu responsabilidade no uso da ferramenta.
Tecnologia está no centro das discussões do novo papado
Embora o papado de Leão XIV tenha recém começado, já é possível observar que a inteligência artificial será uma das prioridades da Igreja Católica nos próximos anos. E não são apenas as falas recentes do novo papa que mostram isso.
Uma reportagem do The New York Times cita que, antes de ser eleito como novo líder dos católicos, Robert Prevost, agora Leão XIV, convidou chefes de vários departamentos do Vaticano para discutir como lidar com a vida digital em geral, incluindo a IA.

Além disso, a escolha do nome também indica uma preocupação com o tema. Leão XIII, que inspirou a decisão de Prevost, ficou conhecido por abordar as transformações sociais provocadas pela Revolução Industrial. Em 1891, escreveu que os governos devem “salvar os trabalhadores infelizes da crueldade dos homens gananciosos, que usam os seres humanos como meros instrumentos para ganhar dinheiro”, mesmo quando ele se maravilhava com as “descobertas da ciência”.
É impossível não notar semelhanças com os tempos atuais. Empresas estão gastando dezenas de bilhões de dólares e trabalhando em um ritmo de desenvolvimento alucinante da IA, enquanto as discussões sobre a regulamentação da tecnologia seguem engatinhando.
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Preocupação do Vaticano com a IA não é nova
- Nos últimos meses, por exemplo, foi publicado um documento que refletia sobre os limites da ferramenta, sua relação com a verdade e as implicações éticas de seu uso.
- O texto também relembra um alerta feito por papa Francisco, que advertiu sobre o risco de a tecnologia ser usada para criar “narrativas parcial ou totalmente falsas, acreditadas e divulgadas como se fossem verdadeiras”.
- O antigo líder da Igreja Católica fez um apelo, em 2024, por uma maior supervisão da inteligência artificial e disse que a tecnologia deve ser aproveitada para resolver problemas sociais, não “o desejo de lucro e a sede de poder”.