As gigantes da tecnologia — Apple, Microsoft, Google, Meta e Amazon — faturaram juntas cerca de US$ 450 bilhões no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 10% em relação ao ano anterior, como mostra o Wall Street Journal.
Todas superaram as expectativas de Wall Street. Mas esse desempenho sólido veio antes do agravamento da guerra comercial, que agora ameaça impactar os próximos resultados.
Apple e Amazon, mais expostas às tarifas, divulgaram projeções modestas para o segundo trimestre, o que derrubou suas ações após o fechamento do mercado. Em contraste, Microsoft, Meta e Google (Alphabet) registraram ganhos expressivos e perspectivas mais positivas.
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Planos para driblar as tarifas já estão em curso
- Para lidar com o novo cenário, Apple está acelerando a produção fora da China, transferindo parte para Índia e Vietnã — uma medida que deve elevar os custos em cerca de US$ 900 milhões, mas com impacto mínimo nas margens.
- Já a Amazon antecipou compras e importações para driblar tarifas e afirmou que ainda não detectou queda na demanda.
- Enquanto isso, Meta e Google, mais dependentes de publicidade, mantêm estabilidade nas receitas.
- A Meta está confiante a ponto de elevar seus investimentos em inteligência artificial para até US$ 72 bilhões em 2024 — quase 40% da receita anual estimada.
Microsoft é quem menos sofreu impactos
A Microsoft, com sua forte atuação no setor corporativo, está na posição mais robusta. Suas ações subiram quase 8% após os resultados, retomando a liderança no valor de mercado, acima dos US$ 3 trilhões.
Ainda assim, nem ela escapa da nova realidade: a empresa anunciou aumento de preços no Xbox e acessórios. A Apple também dá sinais de que poderá ajustar seus preços no futuro, embora ainda sem confirmação oficial.
Mesmo com margens pressionadas e tarifas no horizonte, as Big Techs mostram que sua escala, diversidade e centralidade na vida moderna as tornam resistentes às turbulências globais. A necessidade, ao que parece, continua sendo a mãe da resiliência tecnológica.
