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Geólogos ainda divergem sobre a definição da rocha mais antiga dos Estados Unidos — e o debate esquentou com a divulgação de novo levantamento com os prováveis candidatos ao posto no GSA Today, jornal científico da Sociedade Geológica dos EUA.
Atualmente, o Gnaisse Morton, em Minnesota (EUA), é atribuído como a “Rocha Mais Antiga do Mundo” — com placa instalada logo ao seu lado. Em 1974, cientistas avaliaram a formação como tendo 3,8 bilhões de anos, segundo IFL Science.

No entanto, técnicas mais avançadas de medições possibilitaram a reavaliação da rocha, que, agora, é estimada em 3,5 bilhões (na melhor das hipóteses). E para deixar a disputa ainda mais acirrada: o gnaisse de Acasta, no Canadá, foi datado em quatro bilhões de anos.
Por que datar a rocha mais antiga do planeta importa?
- Revelar detalhes da atividade geológica das rochas é uma maneira de compreender, também, a formação da Terra;
- A questão é se a idade é definida por quando atingiram sua forma final ou quando a versão anterior foi formada, segundo a reportagem;
- As Colinas Jack, na Austrália Ocidental, abrigam os minerais mais antigos já conhecidos: cristais de zircônio que resfriaram a partir do magma há 4,4 bilhões de anos;
- As rochas das quais faziam parte, no entanto, já sofreram erosão, mas os zircões foram posteriormente incorporados a outras rochas durante a atividade sedimentar;
- Pesquisadores da Universidade do Texas em Dallas (EUA) acreditam que o Gnaisse de Morton contém zircões com idades de 3,5, 3,3 e 2,6 bilhões de anos.
A mesma equipe também avaliou o Gnaisse de Watersmeet, em Michigan (EUA), composto por zircões com 3,8 bilhões de anos, bem como alguns com apenas 1,3 bilhão. Para a equipe, é o mais antigo já medido nos Estados Unidos, mas o estudo ainda depende de revisão por pares.
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Segredos da Terra…
Apesar de estarem na superfície, as rochas quase certamente passaram a maior parte do tempo desde sua formação dentro da Terra. Essa proteção das intempéries pode guardar diversos segredos em estruturas ainda mais antigas.
Além de Michigan e Minnesota, Wyoming (EUA) também abriga candidatos promissores para bater o recorde tão desejado: cientistas já identificaram zircões de detritos de quatro bilhões de anos no Estado, de acordo com a reportagem.