Nova tecnologia promete proteger cabos submarinos

Existem atualmente cerca de 1,4 milhão de quilômetros de cabos submarinos no mundo, segundo dados do Submarine Cable Map de 2024. Esses cabos são cada vez mais fundamentais para a comunicação global, mas monitorar essas estruturas é um grande desafio. Além de estarem no fundo do oceano, eles estão vulneráveis à deterioração, a condições climáticas e a sabotagem.

Desde o começo da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a Associated Press estima que pelo menos 11 cabos foram danificados apenas na região do Mar Báltico. Esses danos costumam ser causados pelo arrasto das âncoras de navios, que pode ou não ser proposital. A situação levou a OTAN a aumentar a presença militar na região.

Imagem: Optics11

Para facilitar o monitoramento, a empresa holandesa Optics11 desenvolveu um sistema que, segundo eles, pode “escutar” a luz e identificar os cabos. “O OptiBarrier transforma a infraestrutura passiva de fibra óptica em uma rede de sensores inteligente e sempre ativa. Ele oferece monitoramento 24 horas por dia, 7 dias por semana, em tempo real, ao longo de todo o comprimento do cabo, até centenas de quilômetros, eliminando os pontos cegos inerentes às patrulhas periódicas”, diz a empresa.

Como funciona o captador de sinais de luz?

De acordo com o anúncio, o sistema usa uma rede de assinaturas acústicas e análises orientadas por IA para distinguir com precisão entre a âncora de um navio, um UUV, um mergulhador, atividade sísmica ou até mesmo vida marinha. “Isso fornece aos operadores de segurança informações acionáveis, não apenas dados brutos, permitindo uma resposta proporcional e eficaz”, completa.

O sistema utiliza hidrofones triangulares, metálicos e conectados por fibra óptica, posicionados no fundo do mar. Os dispositivos contam com sensores acústicos passivos que monitoram continuamente os sinais sonoros subaquáticos.

O dispositivo captura ondas sonoras dos movimentos na região, que alteram de forma sutil a maneira como a luz passa pelos sensores de fibra óptica. Os sensores medem esses sinais e os enviam para uma central, que compara com o arquivo existente e revela o que está causando a mudança.

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O sistema ainda está em teste e não está claro se algum governo está atualmente interessado no modelo de monitoramento do fundo do mar ou quanto ele custa.


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