Quais animais têm o olfato mais poderoso? Veja a lista

No reino animal, o olfato é essencial para a sobrevivência. Por isso, alguns animais desenvolveram um sentido olfativo altamente apurado, capaz de detectar odores a quilômetros de distância ou em concentrações mínimas. 

Pensando nisso, a seguir apresentamos uma lista com oito animais que possuem um olfato impressionante.

8 bichos com o melhor olfato do reino animal

Urso

Imagem: Sergey Uryadnikov/Shutterstock

O olfato dos ursos é extraordinário, possivelmente o mais poderoso entre os mamíferos terrestres conhecidos.

O bulbo olfativo desses animais é desproporcionalmente grande em relação ao cérebro, significativamente maior que o dos humanos e até mesmo que o de cães farejadores.

Graças a esse sentido aguçado, os ursos conseguem se comunicar, localizar alimentos e reconhecer odores específicos. Mais do que apenas detectá-los com precisão, são capazes de se lembrar dos locais associados a esses cheiros, como pontos de alimentação ou parceiros reprodutivos.

Urubu-de-cabeça-vermelha

Urubu-cabeça-vermelha (Limnodromus griseus). / Crédito: Andy Reago & Chrissy McClarren (Wikimedia Commons)

A maioria das aves depende principalmente da visão para encontrar alimento, e o olfato, em geral, não é um sentido muito desenvolvido nelas. Contudo, o urubu-de-cabeça-vermelha quebra essa regra.

Não que a visão desses abutres seja ruim, pelo contrário, é excelente. Porém, diferentemente das outras aves, eles utilizam seu olfato apurado para localizar alimento. Por meio desse sentido, o urubu-de-cabeça-vermelha detecta o cheiro do gás etil mercaptano, liberado nos estágios iniciais da decomposição de animais mortos. Para isso, costumam voar baixo a fim de captar esses odores.

Além disso, o bulbo olfativo do cérebro do urubu-de-cabeça-vermelha é proporcionalmente maior do que o da maioria das outras aves, o que explica essa capacidade sensorial aguçada.

Tubarão

A forma da cabeça do tubarão-martelo pode melhorar a olfação ao espaçar mais as narinas. / Crédito: CC BY 2.0 (Wikimedia Commons)

Ser um dos maiores predadores dos mares exige truques, e um deles é o olfato apurado que o tubarão usa para caçar com precisão. O seu “nariz” fica na parte inferior do focinho, logo à frente da boca, e é composto por duas narinas, uma em cada lado, chamadas de aberturas nasais anterior e posterior.

Com esse sentido altamente desenvolvido, os tubarões conseguem localizar presas a longas distâncias, mesmo em águas turvas ou escuras. 

Algumas espécies conseguem detectar uma concentração mínima de sangue, equivalente a uma parte por milhão na água. Além disso, eles identificam a direção do cheiro pelo tempo que o odor leva para atingir cada narina.

Elefante

Imagem: Geoff Sperring/Shutterstock

O poderoso olfato dos elefantes pode ser até quatro vezes mais apurado que o dos cães farejadores. Para se ter uma ideia, segundo um estudo publicado na revista científica Genome Research em 2014, o elefante-africano possui cerca de 2.000 genes funcionais de receptores olfativos, o maior número registrado entre os genomas analisados.

Esses genes permitem detectar odores e enviar sinais ao cérebro, ajudando o animal a encontrar comida, água, identificar outros indivíduos e reconhecer perigos. Para comparação, os humanos têm cerca de 400 genes funcionais desse tipo.

A tromba do elefante, além de sua função tátil, atua como um órgão sensorial fundamental nesse processo, sendo responsável por captar os odores do ambiente e direcioná-los ao seu sistema olfativo.

Cão

cachorro farejando a grama do quintal
Cachorro farejando a grama do quintal (Reprodução: ibrahim altaee/Shutterstock)

Sem dúvidas, o olfato é o sentido mais desenvolvido dos cães. O “melhor amigo do homem” possui cerca de 800 genes funcionais de receptores olfativos. Em termos físicos, os cachorros apresentam entre 125 e 300 milhões de receptores no nariz, cerca de 40 vezes mais que os humanos.

Além disso, aproximadamente 33% do cérebro dos cães é dedicado ao olfato, contra apenas 5% nos humanos.

Toda essa capacidade tem uma razão clara: o olfato é essencial para a sobrevivência dos cães. Eles o utilizam para comunicação social, reconhecimento de status e identificação do sexo de outros indivíduos.

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Rato

Ratinho cheirando o ar
Ratinho cheirando o ar (Reprodução: Nikolett Emmert/Unsplash)

Para sobreviver, os ratos dependem fortemente de seu olfato altamente desenvolvido. 

Devido aos seus hábitos noturnos, possuem visão limitada. No entanto, o olfato apurado compensa essa deficiência, sendo essencial para localizar alimentos, detectar perigos e se orientar no ambiente. 

Além disso, utilizam o olfato na comunicação química, como na marcação de território, no reconhecimento de indivíduos e na regulação de comportamentos sociais e sexuais.

Cavalo

cavalo
Imagem: Rita_Kochmarjova/Shutterstock

Apesar de não ser tão excepcional comparado com os outros acima, o cavalo possui um olfato apurado, muito mais desenvolvido do que nós humanos.

Esse sentido é essencial para as interações sociais, permitindo o reconhecimento de outros cavalos, humanos e feromônios por meio do órgão vomeronasal. Além disso, os cavalos utilizam o olfato para perceber estímulos ambientais, como a presença de predadores, alimentos ou fontes de água.

Gado (vaca/boi)

Vacas
População teve origem em apenas cinco ou seis cabeças de gado (Imagem: Alexandre Costa Marques/Shutterstock)

Assim como os cavalos, o olfato dos bois e das vacas é excelente, porém mais no sentido funcional, não chegando a níveis fantásticos como o dos cães.

Com esse sentido, eles conseguem detectar estresse em outros animais apenas pelo cheiro da urina, o que exige uma sensibilidade olfativa considerável.

Além disso, esses animais conseguem reconhecer outros indivíduos da mesma espécie apenas pelo olfato e avaliar o status social e reprodutivo, o que envolve a leitura de sinais químicos complexos.


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