Drone criado no Brasil usa IA para detectar incêndios florestais

Os dispositivos contam com pequenos sensores que podem medir as concentrações de gás carbônico e metano na atmosfera

Imagem: Anna.zabella/Shutterstock

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O uso da tecnologia pode ser fundamental no combate aos efeitos das mudanças climáticas. Um exemplo disso é a criação de um drone equipado com sensores de gases, combinados com sistemas de inteligência artificial.

O dispositivo está sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e ficará disponível para uso das autoridades de São Carlos, no interior paulista. A ideia é que ele possa auxiliar na detecção de incêndios florestais.

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Sistema pode indicar ocorrência de queimadas (Imagem: Che Media/Shutterstock)
  • Segundo os pesquisadores, o drone pode auxiliar na identificação de focos de queimadas de forma mais rápida.
  • Isso é fundamental para evitar que as chamas tomem maiores proporções e causem uma devastação maior.
  • Os dispositivos possuem pequenos sensores de baixo custo e que são capazes de detectar de modo seletivo e medir continuamente as concentrações na atmosfera de gás carbônico e metano.
  • Além disso, podem avaliar outros parâmetros, como a temperatura e a umidade, a partir do ar que flui dentro da aeronave.
  • Estes dados são analisados por sistemas de inteligência artificial, que permitem identificar suas fontes de emissão.
  • Dessa forma, é possível detectar em um ambiente durante o sobrevoo dos drones a presença de gás carbônico e gases traços, como o metano, que são liberados durante uma queimada.

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Uso de drones é mais barato do que os métodos usados atualmente para identificar focos de incêndio. Imagem: Antonio Daud/Agência Fapesp

Drones são mais eficazes e baratos

Testes realizados com a tecnologia indicaram que os drones são eficientes e podem ser uma alternativa mais barata em comparação com os métodos usados atualmente para identificar focos de queimadas, como satélites, aviões de pesquisa e torres de observação.

Em vez de realizar um único voo para coleta de dados por meio de um avião de pesquisa, os drones permitem a realização de diversos sobrevoos na área. Também é possível delimitar melhor um local de interesse de coleta de dados em comparação aos satélites, que passam e rastreiam uma determinada área a cada dois dias, por exemplo.

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IA permite identificar fontes de emissão de dados coletados pelo drone (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Outra vantagem é a possibilidade de variar a altura para a coleta de dados. Isso garante uma captação mais completa das informações, possibilitando a identificação de incêndios florestais ou outros problemas com maior eficácia. As informações são da Agência FAPESP.


Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.


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