Microsoft testa IA que diagnostica doenças com precisão de médico

Novo sistema acertou 80% dos casos clínicos desafiadores, frente aos 20% de médicos humanos; tecnologia ainda está em fase de testes

(Imagem: LCV / Shutterstock.com)

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A Microsoft anunciou avanços significativos em sua tecnologia de inteligência artificial voltada para diagnósticos médicos, afirmando que seu novo sistema superou médicos humanos em casos clínicos complexos. As informações são do The Guardian.

Desenvolvido pela equipe liderada por Mustafa Suleyman, o sistema utiliza um “orquestrador de diagnóstico”, uma IA que simula o trabalho conjunto de um painel de especialistas para resolver desafios clínicos elaborados.

Pessoa com um tablet na mão direita toca, com a mão esquerda, em um símbolo da Cruz Vermelha tridimensional
Modelo simula painel de especialistas e acerta 8 em cada 10 diagnósticos (Imagem: raker/Shutterstock)

O que os testes mostraram

  • Nos testes, realizados com mais de 300 estudos de caso do New England Journal of Medicine, o sistema, em parceria com o modelo o3 da OpenAI, obteve sucesso em mais de 80% dos diagnósticos — em contraste com uma taxa de acerto de apenas 20% entre médicos que participaram individualmente, sem apoio de recursos externos.
  • A IA demonstrou não apenas maior precisão, mas também eficiência no uso de exames, o que pode representar uma alternativa mais econômica ao diagnóstico tradicional.
  • A Microsoft, porém, minimizou qualquer ameaça imediata aos empregos médicos, destacando que o papel dos profissionais vai além do diagnóstico, exigindo habilidades humanas como empatia, julgamento clínico e comunicação com pacientes e famílias.
  • O projeto, que a empresa descreve como um “caminho para a superinteligência médica”, ainda está em fase de testes e não está pronto para aplicação clínica.

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A empresa também criticou o uso exclusivo de testes de múltipla escolha, como o Exame de Licenciamento Médico dos EUA, para avaliar sistemas de IA, argumentando que essas avaliações favorecem a memorização e não medem a capacidade real de raciocínio clínico.

Apesar de ainda exigir validação adicional, o sistema representa um passo ambicioso na integração da IA à medicina, com potencial para transformar o diagnóstico, a gestão de casos e o acesso ao cuidado.

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Tecnologia baseada no modelo da OpenAI levanta debates sobre o futuro da medicina (Imagem: MUNGKHOOD STUDIO/Shutterstock)


Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.


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