Países correm para treinar força de trabalho na era da IA

Estudo revela que apenas 13 nações priorizam educação e capacitação em inteligência artificial — e muitas negligenciam habilidades humanas essenciais

Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock

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A disseminação da inteligência artificial está transformando rapidamente o mercado de trabalho, exigindo novos conhecimentos e habilidades. Um estudo da Universidade da Geórgia avaliou como 50 países estão se preparando para esse impacto, especialmente em educação e capacitação profissional.

Embora previsões apontem que quase metade dos empregos atuais possa desaparecer nas próximas duas décadas, os pesquisadores destacam que 65% das crianças do ensino fundamental ocuparão cargos que ainda não existem — muitos ligados à IA.

Para esses futuros empregos, será essencial dominar tanto habilidades técnicas quanto interpessoais, como criatividade, comunicação e colaboração, que a IA não pode substituir. O estudo foi publicado na Human Resource Development Review.

Pesquisa avalia estratégias de 50 nações e aponta lacunas na preparação de trabalhadores para o impacto da inteligência artificial (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Detalhes do estudo

  • A pesquisa analisou as estratégias nacionais com base em seis critérios, incluindo objetivos, planos de ação, exemplos de programas, indicadores de sucesso, apoio e cronogramas.
  • Apenas 13 países, majoritariamente europeus, demonstraram alta prioridade na formação da força de trabalho em IA.
  • Os Estados Unidos, junto a outros 22 países, receberam avaliação intermediária, com planos menos detalhados.

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Estudo alerta para a falta de investimento em competências humanas em meio à transformação tecnológica do mercado de trabalho (Imagem: Shutter2U/iStock)

Estratégias já existem, mas precisam ser aprimoradas

Iniciativas variam desde programas universitários e treinamentos específicos por setor até o ensino de IA desde a pré-escola, como na Espanha. No entanto, poucas estratégias focam em grupos vulneráveis ou enfatizam suficientemente as habilidades humanas que serão fundamentais na convivência com a IA.

Segundo o pesquisador Lehong Shi, o desenvolvimento de competências interpessoais deve estar no centro das políticas públicas para garantir uma transição justa e eficaz para o trabalho na era da inteligência artificial.

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65% dos alunos terão empregos que ainda não existem, e muitos países não estão preparados (Imagem: Deemerwha studio/Shutterstock)


Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.


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