Oriente Médio aposta bilhões em IA, mas riscos geopolíticos preocupam

Arábia Saudita, Emirados e Catar impulsionam big techs com compras de chips e parcerias, mas instabilidade política e incerteza de demanda levantam alertas

(Imagem: dee karen/Shutterstock)

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O boom de investimentos em inteligência artificial no Oriente Médio atrai atenção global, mas traz riscos relevantes para empresas e investidores, como explica o Wall Street Journal.

Países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar estão injetando bilhões de dólares em projetos de data centers, parcerias com Microsoft e OpenAI, além da compra massiva de chips da Nvidia e AMD.

A meta: fomentar ecossistemas locais de IA, com foco em modelos desenvolvidos em árabe e na diversificação econômica.

Um homem segura na mão uma holografia de um cérebro com um chip de inteligência artificial
Investimento em IA no Golfo cresce sob a sombra de guerras e sanções – Imagem: Shutter2U / iStock

Contratos lucrativos chegam da região

  • As ações da Nvidia dispararam após acordos com Emirados e Arábia Saudita, compensando parcialmente a perda do mercado chinês devido a restrições dos EUA.
  • A AMD também se beneficiou com contratos bilionários. No entanto, analistas questionam a sustentabilidade de longo prazo desses investimentos.
  • A região já viu projetos ambiciosos fracassarem, como a cidade futurista Neom, afetada por atrasos e estouros de orçamento.

Além disso, a demanda futura por serviços de IA locais é incerta, e controles de exportação dos EUA podem ser reforçados caso haja suspeita de que a China explore laços estratégicos com países do Golfo para driblar sanções.

Globo mostrando oriente médo
Oriente Médio vira polo de IA, mas futuro é incerto (Imagem: Hansel Gonzalez/Shuterstock)

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Tensões geopolíticas

O risco geopolítico também pesa: tensões crescentes entre Israel e Irã ameaçam a estabilidade da região, podendo afetar a presença de empresas americanas.

O Oriente Médio pode estar oferecendo uma fonte temporária de receita para gigantes da tecnologia, mas sua volatilidade política e econômica levanta dúvidas sobre a viabilidade desses investimentos como motor de crescimento duradouro.


Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.


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