Para sobreviver, a salvação da Intel poder ser uma divisão

Após anos de crise e perda de mercado, empresa considera separar suas fábricas do setor de design para competir com TSMC e Samsung

Imagem: MagioreStock / Shutterstock

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A Intel enfrenta uma crise financeira e tecnológica prolongada e pode precisar se dividir para competir com rivais como a TSMC e a Samsung, segundo uma análise do Wall Street Journal.

Tradicionalmente, a empresa projetava e fabricava seus próprios chips, mas perdeu liderança para fabricantes terceirizados, que agora produzem para concorrentes como AMD e Nvidia.

Essa perda de vantagem reduziu sua margem de lucro e fez suas ações despencarem, enquanto as de concorrentes dispararam.

Divisão entre design e fabricação de chips pode ser chave para reconquistar clientes e equilibrar prejuízos bilionários – Imagem: canon_photographer/Shutterstock

O ex-CEO Pat Gelsinger tentou recuperar o terreno investindo pesado na transformação da Intel em uma fabricante terceirizada de chips, mas foi demitido após resultados insatisfatórios. Seu sucessor, Lip-Bu Tan, assumiu o comando em março, mas ainda não detalhou planos claros para o setor de manufatura.

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Benefícios da separação de setores

  • Separar a área de design da de fabricação pode ser estratégico.
  • Clientes em potencial para as fábricas da Intel, como AMD e Nvidia, são também concorrentes em design e podem evitar contratar uma empresa que também projeta chips.
  • A separação também ajudaria a mudar a cultura interna da Intel, focando mais no atendimento ao cliente.
Fachada da Intel
Prejuízos e pressão do mercado levam a Intel a estudar uma possível cisão estrutural (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Medidas para uma cisão já foram tomadas

A empresa já deu alguns passos na direção da cisão, criando uma estrutura de fundição interna e prometendo transformar a divisão de fábricas em uma subsidiária independente.

No entanto, a unidade acumula prejuízos bilionários e atrai poucos clientes importantes. A Intel busca investidores estratégicos para sustentar essa divisão.

Com US$ 9 bilhões em caixa e ativos valiosos, a Intel ainda pode resistir unificada. Mas cresce a percepção no mercado de que a cisão é inevitável — e que a dúvida não é mais se, mas quando isso acontecerá.

Logo da Intel na frente de m prédio
Superada pelos concorrentes, a Intel está em busca de soluções para se recuperar no mercado (Imagem: Tada Images/Shutterstock)


Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.


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