Mark Zuckerberg quer Scale AI em laboratório de ‘superinteligência’ da Meta

O fundador da Scale AI, Alexandr Wang, vai deixar a empresa para trabalhar na Meta. Ele informou sua decisão aos funcionários num memorando. Isso confirma apurações recentes sobre a saída de Wang e o investimento pesado de Mark Zuckerberg para criar grupo de “superinteligência”.

A Meta vai investir US$ 14,3 bilhões (aproximadamente R$ 80 bilhões) na Scale AI como parte do acordo. A big tech terá participação de 49% na startup de IA. Mas não terá poder de voto, disse um porta-voz da Scale AI à CNBC.

“Como vocês provavelmente já perceberam pelas notícias recentes, oportunidades dessa magnitude geralmente vêm com um custo”, escreveu Wang no memorando, compartilhado na sua página no X. “Neste caso, esse custo é a minha saída.”

Zuckerberg está montando grupo “superinteligente” enquanto planeja investir bilhões na Scale AI (Imagem: T. Schneider/Shutterstock)

Além de Wang, um pequeno número de funcionários vai sair da Scale AI para trabalhar na Meta. Isso também é parte do acordo firmado entre as empresas, explicou Wang.

Com a saída do fundador, a Scale AI promoveu Jason Droege, diretor de estratégia, ao cargo de CEO. Antes de trabalhar na Scale, Droege foi sócio da Benchmark, empresa de capital de risco, e vice-presidente da Uber.

O que diz a Meta

Um porta-voz da Meta ouvido pela CNBC confirmou que a big tech concluiu o desenho do acordo para sua “parceria estratégica e investimento na Scale AI“.

Celular exibindo foto de Mark Zuckerberg colocado em frente tela exibindo logomarca da Meta
Meta confirmou ter concluído o desenho do acordo para sua “parceria estratégica e investimento na Scale AI” (Imagem: Algi Febri Sugita/Shutterstock)

“Como parte disso, vamos aprofundar o trabalho que realizamos juntos na produção de dados para modelos de IA, e Alexandr Wang se juntará à Meta para atuar em nossos esforços relacionados à superinteligência”, disse o porta-voz.

“Compartilharemos mais sobre essa iniciativa e as ótimas pessoas que estão se juntando à equipe nas próximas semanas”, acrescentou.

O CEO da Meta está numa missão: recrutar os melhores dos melhores para montar um grupo “superinteligente”, segundo a Bloomberg. Para quê? Ora, melhorar a IA da big tech dele. O que mais?

Para Zuckerberg, Meta pode e deve superar concorrentes na corrida para desenvolver a IA geral, também chamada de AGI (Imagem: Mamun_Sheikh/Shutterstock)

Quando você pensa em usar IA generativa, qual nome te vem à cabeça? Quando você usa, de fato, IA generativa, qual plataforma acessa? Dificilmente as respostas para essas duas perguntas envolvem “Meta AI”. A missão passada ao grupo “superinteligente” por Zuckerberg é mudar isso.

Na visão do CEO, a Meta pode e deve superar outras empresas de tecnologia – OpenAI e Google, principalmente – na corrida para desenvolver a inteligência artificial geral (AGI, na sigla em inglês).

Feito isso, o próximo passo seria colocar essa tecnologia em seus produtos – o que iria além de criar um botão no Facebook, Instagram, WhatsApp para usá-la. Significaria incorporar a AGI num “ChatGPT da Meta” e nos seus óculos inteligentes, desenvolvidos em parceria com a Ray-Ban, por exemplo.

Leia mais:

O ‘grupo de superinteligência’

Zuckerberg quer recrutar 50 pessoas – escolhidas a dedo por ele – para esse grupo “superinteligente”. Para você ter ideia do grau de envolvimento dele no projeto, o CEO reorganizou as mesas na sede da empresa, em Menlo Park, para a nova equipe sentar perto dele.

  • O desejo do CEO de microgerenciar o recrutamento vem, em parte, da frustração dele com a qualidade e a resposta do público ao Llama 4, a versão mais recente do modelo de IA da Meta para fazer chatbots e outros serviços funcionarem, segundo a Bloomberg.

Agora, o que o CEO da Meta oferece para trazer mentes brilhantes ao seu ‘grupo de superinteligência’? Saiba nesta matéria do Olhar Digital.


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