Vencedor do Nobel chama a IA de “fraca e perigosa”

Economista Paul Romer criticou exageros da indústria tecnológica e pediu mais transparência nos erros de sistemas de IA.

(Imagem: Gorodenkoff / Shutterstock.com)

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Durante a Febraban Tech na última quarta-feira (12), o economista e vencedor do Prêmio Nobel, Paul Romer, fez duras críticas ao uso atual da inteligência artificial (IA) por grandes empresas de tecnologia.

No painel “Inovação, crescimento e o futuro da economia na Era da Inteligência”, Romer alertou sobre promessas exageradas e falta de transparência.

“As empresas vendem a ilusão de que a IA resolve tudo com precisão, o que é falso — e perigoso”, afirmou, citando falhas graves, como o caso de um carro autônomo da Tesla que confundiu luz solar e causou um acidente fatal.

Economista propõe abordagem mais ética, cuidadosa e honesta no desenvolvimento de tecnologias emergentes (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Inovação sem responsabilidade

  • Para Romer, o avanço tecnológico tem superado os princípios de cautela e responsabilidade.
  • Premiado por sua teoria da “economia das ideias”, ele defende o progresso baseado em ciência aberta e rigorosa.
  • “A ciência sempre prezou pela reputação e pelo compartilhamento de conhecimento. Empresas hoje escondem falhas”, disse ele.

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Ilustração de inteligência artificial em chip
Para Romer, hype da inteligência artificial está à frente dos resultados reais — e pode custar caro (Imagem: dee karen/Shutterstock)

Inteligência artificial? Romer sugere chamarmos por outro nome

Ele também criticou a expressão “inteligência artificial”, sugerindo “aprendizado limitado de máquina” (LML), termo que considera mais realista. Reforçou a importância de testar, revisar e comunicar erros, e condenou a pressa de mercado em lançar produtos inacabados.

Apesar das críticas, Romer vê valor na IA quando usada com responsabilidade. “Erros são inevitáveis, mas não podem ser ignorados. A IA é promissora, mas ainda é fraca. Não devemos confiar cegamente no que nos vendem.”

Cérebro com os dizeres
Paul Romer alega que até mesmo “inteligência artificial” é um nome equivocado para a tecnologia – Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock


Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.


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