vem aí caneta para obesidade barata e brasileira

A farmacêutica brasileira EMS vai lançar ainda neste ano a primeira caneta injetável para tratamento de obesidade 100% nacional. O medicamento injetável foi batizado de Olire e tem a liraglutida como princípio ativo.

Apesar de também ser usada em casos de obesidade e diabetes tipo 2, a liraglutida é diferente da semaglutida, princípio ativo do Ozempic e Wegovy, que se popularizam no Brasil nos últimos meses.

O plano da EMS é produzir 200 mil canetas para serem lançadas já em 2025, com expectativa de aumento desse número para 500 mil nos meses seguintes.

Entenda a diferença do medicamento e como ele funciona, e veja quando estará disponível.

Olire foi aprovado em dezembro do ano passado para tratamento de obesidade (Imagem: EMS/Reprodução)

Caneta injetável para obesidade será baseada na liraglutida

A liraglutida é o princípio ativo de dois medicamentos da Novo Nordisk (mesma fabricante do Ozempic): o Saxenda e o Victoza. No entanto, a patente da farmacêutica no Brasil terminou em 2024, o que permite a produção de outros produtos com o mesmo princípio ativo.

A liraglutida é um análogo do GLP-1, um hormônio produzido no intestino que atua no controle dos níveis de glicose no sangue e do apetite. Os medicamentos deste tipo imitam a ação do hormônio, podendo ser usados no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade (já que dão a sensação de saciedade).

O Olire, da EMS, foi aprovado para produção pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2024. Agora, a farmacêutica brasileira revelou que a caneta injetável tem lançamento marcado para agosto. Ela será a primeira caneta contra obesidade com fabricação no Brasil – e a farmêutica é a primeira brasileira a ingressar no mercado global do GLP-1.

Segundo o g1, o Olire não é considerado um genérico de liraglutida, mas sim um novo medicamento que usa um ingrediente ativo já registrado no país. E o preço será bem mais barato que as rivais: entre 10% e 20% abaixo das marcas que já estão presentes no mercado.

Caixas e canetas de Mounjaro, Wegovy e Ozempic
Atualmente, canetas injetáveis comercializadas no Brasil são de farmacêuticas estrangeiras (Imagem: oleschwander/Shutterstock)

A previsão de lançamento do Olire, com liraglutida, é em agosto. A EMS também está preparando uma segunda caneta injetável com semaglutida para março de 2026, quando a patente da Novo Nordisk termina.

Vamos explicar:

  • Atualmente, a Novo Nordisk tem a patente do princípio ativo semaglutida, do Ozempic;
  • Isso significa que nenhuma outra farmacêutica ou serviço pode comercializar medicamentos com este ingrediente;
  • No entanto, a patente termina em março do ano que vem. Em seguida, outras empresas poderão lançar seus próprios produtos com a semaglutida;
  • O processo foi semelhante ao que aconteceu com a liraglutida, com patente expirada no ano passado.

A EMS planeja uma caneta injetável com semaglutida chamada Lirux. Ela será usada no controle de diabetes tipo 2 e também se baseia em análogos do GLP-1.

O plano da farmacêutica brasileira é produzir 200 mil canetas de ambos medicamentos em 2025 (o lançamento do Olire é neste ano, mas o Lirux fica para ano que vem). Nos 12 meses seguintes, a expectativa é produzir e disponibilidade mais de 500 mil unidades no Brasil.

Lirux foi aprovado para tratamento de diabetes tipo 2 (Imagem: EMS/Reprodução)

Ozempic, Mounjaro, Wegovy, Olire e Lirux: qual a diferença entre as canetas?

O Ozempic, da Novo Nordisk, tem a semaglutida como princípio ativo e é indicado no tratamento de diabetes tipo 2. Ele vem sendo usado também em casos de obesidade, mas não é aprovado oficialmente pela Anvisa para este fim.

O Wegovy também é da Novo Nordisk e usa semaglutida. No entanto, ele é aprovado especificamente para obesidade e controle de peso (não para diabetes).

Já o Mounjaro, da farmacêutica americana Lilly, usa a tirzepatida como princípio ativo (não a semaglutida). O componente tem uma diferença: ele tem um mecanismo com dois hormônios, o GLP-1 e o GIP, em vez de só o GLP-1. O medicamento eraa aprovado pela Anvisa para tratamentos de diabetes tipo 2, mas nesta semana também foi liberado para casos de obesidade. O Olhar Digital deu detalhes aqui.

Leia mais:

As novidades da EMS entrem nesse mesmo ramo de canetas injetáveis. Os dois usam a liraglutida como princípio ativo. Mas, como explicamos, o Olire é aprovado para obesidade e o Lirux para diabetes tipo 2.

O OD já deu detalhes sobre o Ozempic, Wegovy e Mounjaro aqui. E também já explicamos qual é a melhor caneta injetável para obesidade aqui.


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