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A Samsung foi responsável por 43% das vendas de smartphones no Brasil no primeiro trimestre de 2025, seguida por Motorola (23%), Xiaomi (15%), realme (7%) e Apple (5%). O levantamento foi divulgado pela consultoria Canalys.
O Brasil foi o único país a registrar crescimento anual nas vendas entre os cinco principais mercados da América Latina, com aumento de 3% de remessas — atingindo 9,5 milhões de unidades, impulsionado por investimentos de marcas chinesas como HONOR, Xiaomi e realme.
O mercado latino-americano de smartphones caiu 4% em relação ao ano anterior no primeiro trimestre de 2025, encerrando uma sequência de seis trimestres de crescimento, com remessas totais atingindo 33,7 milhões de unidades.
O México foi o segundo maior mercado da região em termos de número de dispositivos enviados, respondendo por 22% do volume total de envios. No entanto, suas remessas de dispositivos registraram uma contração de 18%, marcando dois declínios consecutivos.

Essa queda é atribuída à intensa concorrência entre os players do mercado local, que, em 2024, impulsionaram a renovação de dispositivos nos segmentos de entrada a médio porte. Isso levou a um aumento nos estoques, o que dificultou a retomada mais agressiva da reposição de novos dispositivos.
Por dentro dos números
A Samsung manteve o primeiro lugar no mercado regional, com crescimento de 7% em relação ao ano anterior, enviando 11,9 milhões de unidades, impulsionada pela forte demanda por seus modelos de entrada A06 e A16, que representaram quase metade de suas remessas.
Esse desempenho ressalta o foco estratégico da empresa em defender sua posição no segmento de baixo custo e combater a pressão de concorrentes emergentes, orientados por preço, segundo o estudo.
A Xiaomi garantiu o segundo lugar pelo segundo trimestre consecutivo, com 5,9 milhões de unidades e crescimento de 10%, apoiado pelo sucesso contínuo de suas séries Redmi 14C 4G e Note 14, reforçando sua estratégia no segmento de preços de US$ 100 a US$ 299.

A Motorola caiu para a terceira posição após uma queda de 13%, para 5,2 milhões de unidades, já que sua dependência de ofertas de baixo custo, como o G15 e o G05, limitou sua competitividade, de acordo com a consultoria.
Enquanto isso, a HONOR subiu para a quarta posição, com crescimento de 2% e 2,6 milhões de unidades vendidas, mantendo o forte impulso de sua linha da série X. A TRANSSION caiu para a quinta posição, com uma queda de 38% nas vendas, para 2,1 milhões de unidades, sua primeira queda na região.
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Momento de incertezas
Para analistas, a incerteza econômica, particularmente o medo de aumentos de tarifas, pesou fortemente sobre o mercado de smartphones da América Latina neste início de ano.

“Os fornecedores recuaram em estratégias agressivas de vendas, os varejistas reduziram os níveis de estoque e os consumidores adiaram atualizações não essenciais, prolongando o ciclo de substituição”, disse Miguel Pérez, Analista Sênior da Canalys.
Apesar do aumento dos custos, as marcas continuam investindo no segmento abaixo de US$ 100 para permanecerem acessíveis. Samsung e Apple mantêm o domínio no segmento de ponta, impulsionadas pela forte demanda pelas séries S25 e iPhone 16.
No entanto, o segmento intermediário, que representa 78% do total de remessas, continua sendo o principal campo de batalha. Este segmento equilibra acessibilidade e desempenho, atraindo tanto usuários que buscam atualizar seus aparelhos quanto usuários comuns.