Diante do agravamento de desastres como enchentes e incêndios, um novo estudo do World Resources Institute (WRI) revela que o financiamento para adaptação climática não é apenas urgente, mas também altamente vantajoso.
Segundo o levantamento, projetos de adaptação oferecem retornos em três frentes: evitam perdas causadas por desastres, geram ganhos econômicos – como criação de empregos e aumento da produtividade – e promovem benefícios sociais e ambientais, como melhoria da saúde pública e da biodiversidade.

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Pontos principais do estudo
- O estudo destaca que mais da metade dos benefícios ocorrem mesmo sem eventos climáticos extremos, reforçando que a resiliência gera valor contínuo.
- Infraestruturas adaptadas e soluções baseadas na natureza, como proteção de zonas úmidas, trazem retornos diversos ao longo do tempo.
- Além disso, quase metade dos investimentos analisados também contribuem para a redução de emissões de carbono, unindo adaptação e mitigação climática.
- O WRI recomenda que governos integrem a adaptação às estratégias de desenvolvimento e adotem métodos padronizados para mensurar seus impactos.

Mudança necessária
Para os especialistas, como Carter Brandon, do WRI, a adaptação não deve ser vista apenas como medida emergencial, mas como um caminho consistente para o crescimento sustentável.
A pesquisa reforça o apelo por ações concretas e estruturadas rumo à COP30, marcada para 2025 em Belém, que poderá se tornar um marco global na integração da resiliência às políticas públicas.
