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Entre os cactos do Arizona (EUA), a gigante taiwanesa TSMC está construindo a Fab 21, uma das fábricas mais avançadas do planeta, dedicada à produção de chips semicondutores de última geração, como mostra a BBC News.
Responsável por cerca de 90% dos chips avançados usados em iPhones, computadores e sistemas de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT, a TSMC transfere parte de sua tecnologia crítica de Taiwan para os Estados Unidos — num movimento geopolítico e econômico que pode redefinir a indústria global.

Com investimento adicional de US$ 100 bilhões (R$ 564.67 bilhões, na conversão direta) e incentivos do governo estadunidense por meio da Lei dos Chips, a expansão da fábrica representa um marco na estratégia dos EUA para diminuir a dependência de Taiwan e conter o avanço tecnológico da China.
Projeto da TSMC é símbolo da gestão de Trump
- O presidente dos EUA, Donald Trump, vê o projeto como símbolo de sua política econômica nacionalista, embora a iniciativa também tenha sido apoiada pela administração do ex-presidente Joe Biden;
- A instalação, altamente protegida e tecnologicamente sofisticada, fabrica chips com estruturas de apenas quatro nanômetros e bilhões de transistores;
- Todo o processo, que pode envolver até quatro mil etapas, exige ambiente mais limpo que uma sala de cirurgia, com máquinas de litografia fornecidas por empresas europeias, como a ASML.
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EUA não quer depender de tecnologia asiática, mas é difícil
Enquanto os EUA tentam criar cadeias de suprimento de semicondutores “não vermelhas” — livres de influência chinesa —, especialistas alertam que a interdependência global continua sendo um fator inevitável.
A cadeia envolve componentes e materiais de dezenas de países, o que torna difícil isolar qualquer etapa produtiva.
Ainda assim, a fábrica da TSMC no Arizona se consolida como peça central na corrida por soberania tecnológica, evidenciando as tensões entre globalização e protecionismo em um mundo cada vez mais moldado por chips.
