Tudo sobre Inteligência Artificial
Um levantamento inédito divulgado pela LF Research, braço de pesquisas da Linux Foundation, revela o impacto crescente da inteligência artificial (IA) de código aberto no desenvolvimento econômico e nas dinâmicas do mercado de trabalho.
Encomendado pela Meta, o estudo aponta que, além de democratizar o acesso à tecnologia, os modelos abertos de IA oferecem vantagens financeiras significativas para empresas de todos os portes.
Segundo os dados, quase 90% das organizações que utilizam IA já empregam soluções de código aberto, como o modelo Llama, da própria Meta. A principal motivação: redução de custos.
Para dois terços das empresas entrevistadas, adotar IA aberta é mais barato do que recorrer a sistemas proprietários e quase metade citou a economia como razão central para a escolha.

- Modelos de IA de código aberto são distribuídos gratuitamente ou com custos reduzidos, o que facilita sua adoção por startups e pequenas empresas;
- O estudo destaca que, ao contrário das grandes corporações, as pequenas empresas têm aderido mais rapidamente a essas soluções por sua agilidade e baixo custo, criando ecossistema onde inovação e acessibilidade caminham juntas;
- Os pesquisadores ainda estimam que, na ausência do software aberto, as empresas teriam que gastar cerca de 3,5 vezes mais com alternativas proprietárias;
- A expectativa é que, com a IA se popularizando, a economia gerada por modelos abertos supere a obtida com softwares tradicionais de código aberto, consolidando-se como novo padrão de eficiência operacional.
Além da redução de custos, o estudo aponta que a IA aberta está permitindo às empresas aumentar significativamente sua produtividade, ao automatizar processos complexos, como análise de dados ou atendimento automatizado, reduzindo os custos de operação em até 50% em certas áreas de negócio.
Esse ganho pode se refletir diretamente no aumento de receitas, ao permitir que as empresas façam mais com menos recursos.
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O relatório também diz haver perspectiva promissora para a força de trabalho: habilidades em IA podem elevar salários em até 20%, ressaltando a necessidade urgente de capacitação profissional na área.
Com a adoção da IA se expandindo, cresce também a demanda por especialistas capazes de operar, personalizar e aplicar essas ferramentas no dia a dia dos negócios.
As indústrias de manufatura e saúde surgem como principais beneficiárias da IA de código aberto. No setor industrial, a flexibilidade desses modelos permite rápida adaptação a fluxos operacionais específicos, resultando em automação eficiente e melhor gerenciamento logístico.
A consultoria McKinsey & Company, citada no estudo, estima que a aplicação da IA pode gerar entre US$ 170 bilhões e US$ 290 bilhões (R$ 9,59 bilhões e R$ 1,63 trilhão, na conversão direta) em valor apenas na manufatura avançada.
Na saúde, onde recursos são frequentemente escassos, ferramentas de IA abertas e customizáveis se tornam aliadas cruciais para diagnósticos mais precisos e detecção precoce de doenças.
A McKinsey projeta que a IA pode adicionar entre US$ 150 bilhões e 260 bilhões (R$ 846,87 bilhões e R$ 1,46 bilhões) ao setor de saúde global, caso seja aplicada em escala nas operações clínicas e administrativas.
Com a popularização de modelos, como o Llama, a IA de código aberto não apenas se estabelece como uma alternativa viável, mas começa a definir novos parâmetros para inovação e competitividade no cenário global.

O relatório da Linux Foundation reforça que essa tecnologia pode se tornar peça-chave na construção de economia digital mais robusta, inclusiva e sustentável nas próximas décadas.
Para conhecer todos os dados e previsões do estudo, o relatório completo está disponível no site da Linux Foundation Research.