Neuralink pode ganhar concorrente de peso

Um novo sistema desenvolvido pela empresa chinesa StairMed permite o uso de chips cerebrais menores e menos invasivos

Imagem: peterschreiber.media/Shutterstock

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Os chamados chips cerebrais prometem ajudar pessoas com algum tipo de paralisia e podem mudar por completo a vida delas. Alguns dispositivos já foram implantados em humanos pela Neuralink, mas a empresa de Elon Musk pode ter um novo concorrente em breve.

Um artigo publicado na revista Nature detalha um novo sistema desenvolvido pela chinesa StairMed. Os dispositivos, chamados interfaces cérebro-computador (BCI), possuem menos sondas, sendo menores e menos invasivos.

Nova tecnologia promete ser menos invasiva (Imagem: H_Ko/Shutterstock)

Chips cerebrais são mais finos

Os chips cerebrais chineses contam com 64 sensores finos, com um centésimo da espessura de um fio de cabelo humano. Eles penetram no córtex neural e são acoplados a um dispositivo que pode ser carregado e transmitir informações sem fio.

De acordo com a StairMed, a tecnologia permitiu que um homem sem membros usasse o cérebro para jogar no computador. Apesar dos resultados promissores, ainda é necessário aprimorar o sistema para permitir um maior controle dos usuários.

Governo chinês criou diretrizes para padronizar testes com interfaces cerebrais (Imagem: Zafer Kurt/Shutterstock)

O trabalho não é simples, mas a companhia conta com o apoio do governo da China. É importante ressaltar que Pequim considera os sistemas cérebro-computador como uma prioridade em inovação e incentiva investimentos na área.

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Neuralink elon musk
Neuralink, de Musk, domina o mercado de chips cerebrais (Imagem: T. Schneider/Shutterstock)
  • A maior empresa do mercado de chips cerebrais hoje é a empresa de Musk.
  • Até agora, cinco pacientes já receberam os dispositivos.
  • A companhia também já realizou diversos testes em animais, mas cerca de 1.500 deles acabaram morrendo.
  • Isso motivou críticas ao uso dos dispositivos.
  • Além disso, em um dos pacientes humanos os fios dos chips retraíram, reduzindo o número de eletrodos capazes de decodificar sinais cerebrais.
  • A Neuralink conseguiu restaurar alguma funcionalidade ajustando o algoritmo para aumentar a sensibilidade, mas o caso gerou ainda mais discussões sobre a segurança e eficácia das operações.


Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.


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