Com temperaturas chegando a impressionantes 46ºC em regiões da Espanha e Portugal, o mês passado foi o terceiro junho mais quente já registrado no planeta. Além disso, o calor extremo foi o maior já registrado no mês na Europa Ocidental.
Os dados foram divulgados pelo observatório europeu Copernicus, que monitora os efeitos das mudanças climáticas. Segundo os pesquisadores, milhões de pessoas foram expostas a alto estresse térmico durante o período.
Tendência de aumento do calor continua
- O relatório aponta que a temperatura média do ar no mundo durante o último mês de junho foi de 16,46°C.
- Isso é 0,47°C acima da média histórica para o mês.
- Apesar de não ter superado os recordes de junho de 2024 e 2023, os cientistas alertam que a tendência de aquecimento permanece.
- E que os impactos estão cada vez mais visíveis.
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Mediterrâneo também ficou mais quente
Ainda de acordo com o observatório europeu, o calor não ficou restrito à atmosfera. Os oceanos também enfrentaram condições extremas. No Mediterrâneo Ocidental, por exemplo, uma onda de calor marinha excepcional se formou durante o período.
A região registrou, no último dia 30, a maior temperatura média diária da superfície do mar já observada em um mês de junho: 27°C. O valor representa um desvio de 3,7°C acima da média histórica, a maior anomalia já registrada para a área em qualquer mês do ano.
Essa combinação fez com que a temperatura média da superfície do mar atingisse 20,72°C, o terceiro maior valor já registrado para um mês de junho, ficando atrás apenas dos recordes estabelecidos em 2024. Segundo os cientistas, essa elevação das temperaturas no mar Mediterrâneo teve um papel importante no agravamento da onda de calor que atingiu países como Portugal, Espanha, França e Itália.
