Como a IA pode salvar vidas no combate o câncer infantil

O uso de IA no combate ao câncer infantil enfrenta barreiras como a raridade do quadro em crianças, o que reduz o volume de dados disponível

Imagem: Jon Tyson/Unsplash

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Enquanto o câncer em adultos tem causas ligadas à genética, fatores ambientais e relacionados à idade, o câncer infantil costuma ser provocado principalmente por anormalidades genéticas. A inteligência artificial (IA) pode ser uma ferramenta em potencial para auxiliar na construção de diagnósticos precoces e tratamentos mais eficientes contra o câncer infantil, conforme artigo da revista científica The Lancet.

Na União Europeia (UE), o projeto UNICA4EU aposta na IA para trazer soluções de combate ao câncer infantil. Um dos principais desafios no uso essa tecnologia quando se trata de câncer entre crianças é a fragmentação de bases dados. Por isso, o projeto agrega e analisa informações de diversas fontes. Isso inclui registros clínicos, estudos genômicos e imagens médicas.

O UNICA4EU aplica algoritmos avançados de IA para analisar dados de diagnósticos, como resultados de biópsia e imagens de ressonância magnética para detectar a doença ainda no estágio inicial.

A ideia é que a tecnologia também trace uma previsão para o desenvolvimento do quadro, o que auxiliaria na escolha do tratamento com base na resposta em tempo real do paciente às medicações.

(Imagem: Jezperklauzen/iStock)

Quais os desafios para os modelos de IA no combate ao câncer infantil?

Entretanto, o uso de IA para combater câncer infantil ainda enfrenta várias barreiras, como a raridade da doença nas crianças, o que resulta em menos dados para alimentar as IAs. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que, em 2025, haverá cerca de 700 mil casos de câncer no total, enquanto os diagnósticos em crianças corresponderão a 8 mil casos.

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Além de ser mais raro, o câncer infantil tem características biológicas bastante distintas. Esse aspecto mais requisitos à tecnologia. Para ser útil no combate ao câncer infantil, modelos de IA precisam ter versatilidade e adaptabilidade.

Imagem: alicancomertpay/Shutterstock

Como crianças são um grupo vulnerável, utilizar dados referentes a elas para alimentar IAs, bem como coletar essas informações sobre elas em estudos envolvem ainda mais questões éticas. É preciso consentimento dos pais para que as crianças participem de pesquisas. Além disso, a estrutura de segurança de dados deve ser robusta para que a privacidade das crianças não seja violada.


Ramana Rech

Colaboração para o Olhar Digital

Ramana Rech é jornalista formada pela ECA-USP. Participou do Curso Estadão de Jornalismo Econômico e tem passagem pela Editora Globo e Rádio CNN.

Layse Ventura

Editor(a) SEO


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Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.


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