O bilionário entusiasta de explorações espaciais está impulsionando a corrida pela inteligência artificial (IA) a um patamar nunca antes visto: Elon Musk leva usina inteira aos EUA para alimentar super data center com 1 milhão de GPUs de IA.

O próximo passo envolve uma ousada estratégia energética que pode redefinir o futuro da computação de alto desempenho.

Segundo informações reveladas pelo especialista Dylan Patel, do site internacional SemiAnalysis, e confirmadas pelo próprio bilionário em suas redes sociais, a xAI, empresa de IA de Musk, está adquirindo uma usina de energia no exterior para abastecer seus futuros megacentros de dados.

Esses locais demandarão uma quantidade astronômica de eletricidade – equivalente ao consumo de 1,9 milhão de residências nos EUA.

O supercomputador que já consome como uma cidade

Atualmente, a xAI, empresa também responsável pelo Grok, opera o Colossus, um dos supercomputadores mais poderosos do mundo, localizado no Tennessee. Essa máquina já é um monstro energético:

• Cerca de 200 mil GPUs Nvidia Hopper em operação;
• 300 megawatts (MW) de consumo – suficiente para abastecer dezenas de milhares de casas;
• 35 turbinas a gás instaladas para garantir energia estável;
• Baterias Tesla Megapack para equilibrar a demanda.

Apesar disso, a empresa já enfrenta dificuldades para manter o Colossus funcionando sem interrupções. Mas o próximo projeto de Musk é ainda mais ambicioso – e exigirá soluções radicais.

O próximo Data Center: 1 milhão de GPUs e energia para uma metrópole

A xAI planeja construir um novo complexo de processamento de IA com um milhão de GPUs Nvidia Blackwell – os chips mais avançados do mercado. Esse centro de dados terá um apetite energético sem precedentes:

• Consumo estimado: entre 1.400 MW e 1.960 MW (dependendo da configuração);
• Equivalente ao gasto de 1,9 milhão de residências;
• Desafio logístico: garantir eletricidade 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Para se ter uma ideia, esse consumo é maior do que o de algumas usinas nucleares inteiras. E a solução encontrada por Musk está chamando a atenção: comprar uma usina no exterior e transportá-la para os EUA.

Por que uma usina própria? As opções de Musk

Fontes convencionais de energia não são suficientes para suprir uma demanda tão extrema. Veja as alternativas analisadas:

Usinas a Gás (CCGT) – A opção mais viável

• Cada uma gera até 1.500 MW;
• Construção relativamente rápida (alguns anos);
• Escalonável conforme a necessidade.

Energia Solar em Grande Escala – Inviável

• Exigiria quilômetros de painéis solares;
• Necessidade de baterias gigantescas para armazenamento;
• Custo e espaço proibitivos.

Energia Nuclear – Tecnicamente possível, mas lenta

• Cada reator gera cerca de 1.000 MW;
• Licenciamento e construção podem levar 10 anos ou mais.

Diante disso, a xAI optou por uma jogada inédita: adquirir uma usina pronta no exterior e transportá-la para os EUA, acelerando o processo.

O que isso revela sobre o futuro da IA?

A estratégia de Musk não é um caso isolado. Grandes empresas de inteligência artificial estão enfrentando o mesmo dilema:

• Hardware avançado não basta – Sem energia, os supercomputadores param;
• A IA está se tornando um jogo de escala industrial – Quem tiver mais poder de fogo (elétrico) levará vantagem;
• A disputa por eletricidade será tão importante quanto a por chips.

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A nova fronteira da computação é energética

Se antes o desafio era desenvolver algoritmos mais inteligentes, hoje o gargalo está em alimentar os supercomputadores que os rodam.

A xAI, sob o comando de Musk, está mostrando que não há limites quando o assunto é escalar a inteligência artificial – mesmo que isso signifique comprar usinas inteiras para manter as máquinas funcionando.

Uma coisa é certa: o futuro da IA não será moldado apenas por linhas de código, mas por megawatts, turbinas e infraestrutura energética em escala nunca antes vista.

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Fonte: tomshardware