À medida que as cidades se expandem, acabam invadindo os habitats de diversas espécies, forçando muitos animais a migrar para ambientes urbanos. O crescimento desordenado, a destruição de ecossistemas e a busca por recursos acabam “empurrando” a fauna silvestre para dentro das áreas urbanas.
Nessas novas condições, os animais passam a buscar refúgio, alimento e abrigo, adaptando-se à realidade das cidades. A abundância de recursos como lixo, restos de comida e locais seguros para construir seus ninhos transforma o ambiente urbano em um ecossistema alternativo.
A seguir, conheça seis espécies que precisaram se reinventar para sobreviver nas cidades.
6 animais que foram obrigados a se adaptar aos centros urbanos
Pombos
Talvez o animal mais emblemático das cidades, os pombos são originários de regiões rochosas, como penhascos e falésias.
Com a urbanização, encontraram nos prédios, viadutos e pontes um substituto perfeito para seus habitats naturais. Esses locais oferecem espaços para nidificação, enquanto o lixo e restos de alimentos proporcionam uma fonte constante de alimento.
Apesar de serem vistos por muitos como pragas, os pombos também desempenham um papel importante na dispersão de sementes e na alimentação de predadores urbanos, como falcões e corujas.
Ratos
Outro exemplo clássico de animal urbano, os ratos são incrivelmente adaptáveis. Eles vivem em esgotos, metrôs, lixeiras e qualquer canto onde possam encontrar alimento e abrigo. São onívoros, o que significa que podem comer praticamente qualquer coisa, uma vantagem decisiva nas cidades.

Embora sejam considerados transmissores de doenças e alvo de controle constante, os ratos também integram a cadeia alimentar urbana, servindo de alimento para diversos predadores.
Guaxinins
Muito comuns nas cidades dos Estados Unidos e Canadá, os guaxinins são famosos por sua destreza e habilidade para abrir lixeiras, portas de garagens e até janelas.

Eles têm mãos extremamente hábeis, capazes de manipular objetos com precisão impressionante. Adaptaram-se a viver em telhados, porões, sótãos e outros esconderijos urbanos, aproveitando restos de comida humana.
Sua curiosidade e inteligência os tornaram especialistas em viver próximos às pessoas.
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Capivaras
No Brasil, as capivaras também se adaptaram aos ambientes urbanos, especialmente em cidades com rios, lagos e áreas verdes. Encontram abrigo em parques, praças, terrenos baldios e até sob pontes.

Em algumas regiões, como em São Paulo e Brasília, já é comum vê-las pastando em gramados de grandes avenidas.
Apesar de parecerem dóceis, a presença delas em áreas urbanas pode trazer desafios, como o risco de acidentes de trânsito e a transmissão de doenças como a febre maculosa.
Preguiças
Embora mais raras, preguiças podem ser encontradas em algumas áreas urbanas próximas a florestas no Brasil. Elas se adaptam a parques, praças arborizadas e até a quintais com árvores, buscando abrigo em copas de árvores e se alimentando de folhas disponíveis.

Sua lentidão e hábitos discretos ajudam a passar despercebidas, mas sua presença chama a atenção e reforça a importância de manter áreas verdes nas cidades.
Escorpiões
No Brasil e em outros países tropicais, os escorpiões estão entre os animais que mais se beneficiaram da urbanização desordenada.

Espécies como o Tityus serrulatus, (escorpião-amarelo) encontraram nas cidades um ambiente perfeito. Esgotos, terrenos baldios e pilhas de entulho oferecem esconderijos seguros, enquanto insetos como baratas, abundantes nas áreas urbanas, fornecem alimento.
A adaptação a esses ambientes contribuiu para o aumento de acidentes e picadas, tornando o controle de escorpiões um desafio para a saúde pública.