Recentemente, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central tomou a decisão de elevar a taxa Selic para 15% ao ano. A medida afeta o bolso de todos os brasileiros, pois faz com que os juros de compras a prazo, empréstimos e financiamentos subam. Mas afinal, o que é essa tal Selic? A seguir, o Olhar Digital traz todos os detalhes sobre o tema.
O que é a taxa Selic?
A Selic é a taxa básica de juros da economia do país, sendo responsável por influenciar em outras taxas de juros.
Por isso, a elevação dela pode afetar o bolso de todos os brasileiros, seja nas taxas de juros praticadas pelos bancos ao conceder empréstimos e realizar outras operações, seja nas taxas recebidas pelos investidores ao fazer aplicações.
O nome Selic é, na verdade, “Sistema Especial de Liquidação e de Custódia”, uma infraestrutura que pertence ao mercado financeiro e é administrada pelo Banco Central. Ela consiste na compra e venda de títulos do Tesouro Direto por instituições financeiras.
O Banco Central define a taxa Selic como “a taxa de juros média praticada nas operações compromissadas com títulos públicos federais com prazo de um dia útil”.
Isso quer dizer que a taxa média registrada nas movimentações diárias nesse sistema equivale à taxa Selic, que agora está em 15% ao ano.
Leia mais:
Para que serve a taxa Selic?
A taxa Selic serve como parâmetro para todas as outras taxas de juros que são praticadas no país por instituições financeiras e bancos.

Com base nela, essas instituições definem quanto um consumidor deverá pagar de juros por financiamentos, compras parceladas e empréstimos. Além disso, influencia no quanto um investidor vai ganhar de rendimento em um investimento.
Outro ponto é que a taxa Selic tem como principal função o controle da inflação no Brasil, mantendo-a dentro de uma faixa fixada de forma periódica pela CMN (Conselho Monetário Nacional), que tem como integrantes o presidente do Banco Central e ministros.
Assim, esse instrumento é utilizado para manter a estabilidade econômica do país e impede descontroles de preços.
Vamos lá: para manter a inflação dentro da meta estabelecida, é necessário que o governo consiga influenciar na quantidade de dinheiro que circula na economia.
Quanto mais recursos estiverem disponíveis, muito provavelmente as pessoas vão elevar o consumo. Dessa forma, normalmente os preços dos produtos vão subir. O contrário também pode acontecer em caso de baixos recursos à disposição.
Então, a Selic é utilizada como uma forma de controle do volume de recursos disponíveis. Por exemplo, quando o mercado está muito movimentado e os preços começam a ser elevados, chegando a ultrapassar a meta de inflação, a Selic sobe, o que consequentemente aumenta os juros cobrados em financiamentos, cartões de crédito e empréstimos, controlando os preços e desestimulando o consumo.
Quando a inflação está controlada ou abaixo da meta, é possível que a Selic seja reduzida, para que o mercado volte a ter maior movimentação.