Um estudo publicado na revista Neurology revelou uma ligação entre o tipo sanguíneo e o risco de acidente vascular cerebral (AVC) precoce, especialmente antes dos 60 anos.
A pesquisa analisou dados genéticos de cerca de 17 mil pessoas que sofreram AVC e quase 600 mil controles saudáveis, todos com idades entre 18 e 59 anos.

Sangue tipo A eleva riscos
- Os resultados indicaram que indivíduos com uma variação genética do tipo sanguíneo A1 têm um risco 16% maior de sofrer AVC precoce, enquanto pessoas com o gene do tipo O1 apresentam risco 12% menor.
- A análise genômica identificou dois locais associados ao risco aumentado de AVC, sendo um deles próximo ao gene do tipo sanguíneo.
- A elevação do risco entre pessoas com sangue tipo A parece estar relacionada a fatores de coagulação, como plaquetas e proteínas envolvidas na formação de coágulos.
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Os pesquisadores também alertam que esse aumento de risco é modesto e não justifica triagens médicas adicionais para pessoas com sangue tipo A.
Eles também observaram que esse risco não se mantém significativo em pessoas com AVC após os 60 anos, sugerindo que os mecanismos do AVC precoce podem ser diferentes, mais associados à coagulação do que à aterosclerose.
O estudo incluiu principalmente pessoas de origem europeia, o que indica a necessidade de pesquisas com populações mais diversas. Outra descoberta importante foi o risco ligeiramente maior (11%) de AVC entre pessoas com sangue tipo B, independente da idade.
O chamado locus ABO, onde estão os genes do tipo sanguíneo, também já foi relacionado a doenças cardiovasculares e trombose venosa.
