A busca por medicamentos para a perda de peso tem aumentado consideravelmente nos últimos meses. E, agora, pacientes com problemas com a balança terão novas alternativas. São dois fármacos experimentais, incluindo um de uso oral.

Os produtos foram desenvolvidos pela Novo Nordisk, a mesma farmacêutica responsável pela criação do famoso Ozempic. A ideia não é apenas fornecer medicamentos contra a obesidade, mas também dar opções para evitar engordar novamente.

Testes indicaram uma maior perda de peso

Um dos novos remédios é o CagriSema, considerado como o sucessor do Ozempic. A principal diferença do produto é que ele não tem como alvo apenas o receptor GLP-1, através da semaglutida, mas também conta com a presença de um análogo da amilina (cagrilintide). Esta combinação afeta os sinais de saciedade do cérebro e diminui o apetite.

Após 68 semanas de testes, 3.417 participantes com sobrepeso ou obesos perderam em média 20,4% do peso corporal a partir do uso do medicamento. Isso supera os resultados dos fármacos disponíveis atualmente, que possibilitam uma perda média de 15% do peso corporal.

Além disso, o CagriSema teve um desempenho ligeiramente melhor no quesito perda de gordura versus perda muscular. O objetivo da Novo Nordisk é lançar o produto na sua versão injetável subcutânea e com aplicação uma vez por semana em 2026. As informações são do portal New Atlas.

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Medicamento de uso oral também está sendo desenvolvido

• A farmacêutica também divulgou os resultados de dois ensaios envolvendo o medicamento experimental para perda de peso amicretina.
• O diferencial deste produto é a possibilidade de uso oral.
• Após 36 semanas de análises com 125 adultos com idades entre 18 e 55 anos, o medicamento se mostrou eficaz e avançou para a última etapa antes de uma eventual liberação.
• Ao contrário da combinação semaglutida-cagrilintida, este é um medicamento de molécula única que ativa os receptores amilina e GLP-1.
• No geral, uma dose de 20 mg resultou em uma perda de peso média de 13,1% em um período de 36 semanas.
• O problema é que 70% dos participantes experimentaram problemas gastrointestinais leves ou moderados, incluindo náuseas ou vômitos.
• O próximo passo é testar como variações na concentração da substâncias podem agir no organismo.
• Por isso, ainda não há uma previsão de lançamento do medicamento.