A Amazon lançou, nesta segunda-feira (24), o segundo lote de satélites do Projeto Kuiper, iniciativa que busca levar internet via satélite para diversas regiões do mundo. A missão representa mais um passo na estratégia da companhia para competir diretamente com a Starlink, serviço operado pela SpaceX, de Elon Musk.
O lançamento foi realizado a partir da base da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), às 7h54 (horário de Brasília). O foguete utilizado foi um Atlas V, da United Launch Alliance (ULA). A transmissão oficial confirmou que os 27 satélites foram colocados com sucesso na órbita terrestre baixa.
Na última semana, a empresa de propriedade da Amazon ganhou autorização para testes do Projeto Kuiper no Brasil, além de ter tido seu prazo para início de funcionamento no país prorrogado.
Projeto Kuiper acelera expansão
- O lançamento desta segunda-feira enfrentou dois adiamentos, motivados por más condições climáticas e por um problema técnico no propulsor do foguete.
- Superados os contratempos, o projeto avança em direção à formação de uma megaconstelação de satélites.
- O Projeto Kuiper foi anunciado pela Amazon há seis anos e tem como objetivo construir uma rede global de internet via satélite.
- A empresa pretende estabelecer uma constelação com 3.236 satélites, todos operando em órbita terrestre baixa, a até 1.200 milhas (cerca de 1.930 km) da superfície.
- Atualmente, a Amazon já soma 54 satélites Kuiper em órbita, resultado dos dois lançamentos realizados até agora.
- O primeiro deles ocorreu em abril, quando também foram enviados 27 satélites para o espaço.
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Prazos, metas e concorrência
A Amazon precisa cumprir uma exigência da Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estados Unidos, que determina o envio de, pelo menos, metade da constelação — ou 1.618 satélites — até julho de 2026. O prazo é parte das condições para manter a autorização do serviço.
Para viabilizar esse cronograma, a companhia já garantiu mais de 80 lançamentos com diferentes operadoras, incluindo a própria SpaceX, rival direta no setor. A Starlink, que domina o mercado atualmente, possui uma frota muito mais avançada, com cerca de 8.000 satélites já em operação.
A corrida espacial das gigantes da tecnologia promete acelerar a oferta de internet de alta velocidade via satélite, ampliando a conectividade em regiões remotas e não atendidas por redes tradicionais.
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