A gripe aviária, causada pelo vírus Influenza H5N1, tem sido motivo de preocupação global devido ao seu impacto na saúde animal e ao risco potencial de transmissão para humanos.
Embora a infecção em pessoas seja rara, surtos recentes levantaram questões sobre a possibilidade de mutações que poderiam facilitar essa transmissão, tornando o monitoramento epidemiológico essencial.
O avanço das pesquisas sobre a gripe aviária em humanos tem ajudado a compreender melhor os mecanismos de infecção e os possíveis riscos envolvidos.
Especialistas alertam que, embora o vírus ainda não tenha se adaptado completamente para a transmissão direta entre pessoas, é fundamental acompanhar sua evolução e investir em medidas de prevenção para evitar um cenário de emergência sanitária. Confira!
Como a gripe aviária pode afetar humanos?
O vírus da gripe aviária é altamente patogênico em aves, mas sua transmissão para humanos ocorre principalmente por meio do contato direto com animais infectados ou ambientes contaminados.
Segundo especialistas, a infecção pode causar sintomas semelhantes aos da gripe comum, como febre, tosse e dificuldades respiratórias, podendo evoluir para quadros graves, como pneumonia e insuficiência respiratória.
Um estudo publicado na revista Science destaca que, embora o risco de transmissão entre humanos ainda seja considerado baixo, mutações no vírus podem aumentar essa possibilidade.
Além disso, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) alertou que o número de surtos em mamíferos dobrou nos últimos anos, o que pode indicar uma adaptação do vírus para novas espécies.
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Casos recentes e pesquisas sobre a gripe aviária em humanos
Em maio de 2025, o Brasil registrou o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro, Rio Grande do Sul, levando autoridades sanitárias a reforçarem medidas de controle.

Nos Estados Unidos, a doença já foi detectada em bovinos, aumentando preocupações sobre sua disseminação.
Pesquisadores do Instituto Butantan desenvolveram uma vacina contra a gripe aviária H5N1, que aguarda aprovação da Anvisa para testes em humanos desde agosto de 2024.
Até a publicação deste artigo, a aprovação ainda não havia sido concedida. A iniciativa busca antecipar medidas de prevenção diante do risco de mutações no vírus que possam facilitar sua transmissão entre pessoas.
Medidas de prevenção e controle
Para reduzir o risco de infecção, especialistas recomendam:
- Evitar contato direto com aves infectadas e ambientes contaminados;
- Manter boas práticas de higiene, como lavar as mãos frequentemente;
- Monitorar surtos e mutações do vírus, garantindo respostas rápidas das autoridades de saúde;
- Investir em pesquisas e vacinas, como a desenvolvida pelo Instituto Butantan.
Vale lembrar que não há registro de contágio por meio dos alimentos diretos. Segundo o Ministério da Agricultura e a Organização Mundial de Saúde (OMS), até o momento não há evidências de transmissão da gripe aviária pelo consumo de frango ou ovos devidamente preparados.