Mais de 62 mil trabalhadores perderam seus empregos em 141 empresas do setor de tecnologia somente neste ano. Em 2024, os layoffs atingiram 150 mil funcionários de 549 companhias, de acordo com o rastreador independente de demissões Layoffs.fyi.
Até agora, abril contabiliza o maior número de demissões em um único mês, com 24.500 pessoas afetadas. Os argumentos para justificar as demissões variam, mas estão todos — de alguma forma ligados — à adoção de ferramentas de inteligência artificial e à automação de processos.
Um relatório da UPS, a maior empresa de logística do mundo, alertou que “mudanças na política comercial global” podem significar o corte de 20.000 empregos neste ano — com destaque para as tarifas impostas pelo governo Trump, que aumentaram as incertezas sobre cadeias de suprimentos.
- Maio de 2025: 10.397 funcionários demitidos
- Abril de 2025: Mais de 24.500 funcionários demitidos
- Março de 2025: 8.834 funcionários demitidos
- Fevereiro de 2025: 16.234 funcionários demitidos
- Janeiro de 2025: 2.403 funcionários demitidos
Intel
Um dos anúncios de layoff mais recentes foi feito pela Intel, que pretende demitir de 15% a 20% dos funcionários da divisão Intel Foundry a partir de julho. A empresa é responsável por projetar, fabricar e embalar semicondutores. Até dezembro do ano passado, a companhia empregava 108.900 pessoas.
Microsoft
A big tech comandada por Satya Nadella promoveu duas rodadas de demissões este ano. Em maio, os cortes atingiram 6.500 empregos, o que representava cerca de 3% de sua força de trabalho global. Neste mês, a empresa vai reduzir os cargos de engenheiros de software, gerentes de produto, gerentes de programas técnicos, profissionais de marketing e consultores jurídicos.

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Amazon
Em janeiro, a gigante do varejo demitiu dezenas de funcionários do seu departamento de comunicação sob o argumento de reestruturação da empresa para “fortalecer nossa cultura e aproximar as equipes dos clientes”.
Mais recentemente, a companhia supostamente desligou 100 funcionários de sua divisão de dispositivos e serviços, segundo a CNBC. A área é responsável pela assistente de voz Alexa, os alto-falantes inteligentes Echo e os robotaxis Zoox.

Logo no início do ano, a empresa de Mark Zuckerberg anunciou em um memorando interno que cortaria 5% de seu quadro de funcionários “de baixo desempenho”. No mesmo relatório, a companhia informou que se preparava para um “ano intenso”.
Meses depois, a Meta cortou 100 funcionários da divisão Reality Labs, responsável por serviços de realidade virtual e tecnologia vestível. Segundo o site The Verge, os trabalhadores estavam envolvidos em projetos para os headsets Quest. Atualmente, 72.000 funcionários trabalham na big tech.