O governo holandês aconselhou, nesta terça-feira (18), que crianças menores de 15 anos não usem aplicativos de redes sociais, citando riscos à saúde mental, segundo informações da AFP.
A medida, que não é obrigatória, segue uma tendência global: Austrália, Nova Zelândia e vários países europeus já propuseram restrições semelhantes.

Autoridades alertam para problemas sérios de saúde
- Segundo o Ministério da Saúde, Bem-Estar e Esporte da Holanda, o uso excessivo de telas e redes sociais pode prejudicar o desenvolvimento infantil, causando distúrbios de sono, sintomas depressivos, crises de pânico, dificuldades de concentração e uma autoimagem negativa.
- As diretrizes holandesas sugerem que crianças com menos de 11 anos não tenham acesso a smartphones.
- No ensino médio (a partir de 12 anos), apps de mensagens como WhatsApp e Signal seriam permitidos, mas o uso de redes sociais deveria começar apenas após os 15 anos.
“É importante uma abordagem gradual: primeiro, aprender a se comunicar por mensagens, depois explorar as redes sociais”, destacou o governo.
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Controle rígido sobre tempo de tela
As orientações também incluem recomendações sobre tempo de tela: nenhuma exposição antes dos dois anos e, após os 12, o uso deve ser limitado a no máximo três horas diárias.
No entanto, o governo ressalta que o foco deve ir além da duração: é essencial equilibrar o tempo de tela com outras atividades e promover experiências online positivas.
A recomendação alinha a Holanda a propostas em debate na União Europeia, onde países como França, Grécia e Dinamarca defendem a proibição de redes sociais para menores de 15 anos. Já a Espanha propôs um limite de 16 anos.
Enquanto isso, o grupo de defesa infantil KidsRights alertou para os riscos do uso excessivo das redes, relacionando-o ao aumento de tentativas de suicídio entre jovens. Ainda assim, criticou proibições totais, alegando que podem violar os direitos civis das crianças, como o acesso à informação.
