Mais um país está repensando redes sociais para adolescentes

Holanda recomenda restringir redes sociais para menores de 15 anos, citando que o uso excessivo tem impactos negativos na saúde mental

Imagem: BAZA Production/Shutterstock

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O governo holandês aconselhou, nesta terça-feira (18), que crianças menores de 15 anos não usem aplicativos de redes sociais, citando riscos à saúde mental, segundo informações da AFP.

A medida, que não é obrigatória, segue uma tendência global: Austrália, Nova Zelândia e vários países europeus já propuseram restrições semelhantes.

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Diretriz não obrigatória alerta para impactos do uso excessivo de telas na saúde mental de crianças e adolescentes – Imagem: Zivica Kerkez/Shutterstock

Autoridades alertam para problemas sérios de saúde

  • Segundo o Ministério da Saúde, Bem-Estar e Esporte da Holanda, o uso excessivo de telas e redes sociais pode prejudicar o desenvolvimento infantil, causando distúrbios de sono, sintomas depressivos, crises de pânico, dificuldades de concentração e uma autoimagem negativa.
  • As diretrizes holandesas sugerem que crianças com menos de 11 anos não tenham acesso a smartphones.
  • No ensino médio (a partir de 12 anos), apps de mensagens como WhatsApp e Signal seriam permitidos, mas o uso de redes sociais deveria começar apenas após os 15 anos.

“É importante uma abordagem gradual: primeiro, aprender a se comunicar por mensagens, depois explorar as redes sociais”, destacou o governo.

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Governo holandês quer proibir acesso a mídias sociais antes dos 15 anos (Imagem: Wavebreakmedia/iStock)

Controle rígido sobre tempo de tela

As orientações também incluem recomendações sobre tempo de tela: nenhuma exposição antes dos dois anos e, após os 12, o uso deve ser limitado a no máximo três horas diárias.

No entanto, o governo ressalta que o foco deve ir além da duração: é essencial equilibrar o tempo de tela com outras atividades e promover experiências online positivas.

A recomendação alinha a Holanda a propostas em debate na União Europeia, onde países como França, Grécia e Dinamarca defendem a proibição de redes sociais para menores de 15 anos. Já a Espanha propôs um limite de 16 anos.

Enquanto isso, o grupo de defesa infantil KidsRights alertou para os riscos do uso excessivo das redes, relacionando-o ao aumento de tentativas de suicídio entre jovens. Ainda assim, criticou proibições totais, alegando que podem violar os direitos civis das crianças, como o acesso à informação.

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Uso moderado de telas desde a infância também ajudaria a proteger crianças dos danos da internet – Imagem: Ground Picture/Shutterstock


Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.


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