Como o escorpião da Amazônia pode ajudar a tratar o câncer de mama

Pesquisadores identificaram duas neurotoxinas com ação imunossupressora e com potenciais propriedades antitumorais

Imagem: Noppadol Buaroey/Shutterstock

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Os cientistas já sabem que alguns animais possuem venenos que podem ser utilizados para criar potenciais medicamentos. E um novo estudo identificou esta capacidade em uma espécie de escorpião da Amazônia.

O trabalho aponta que as toxinas presentes no Brotheas amazonicus podem ser usadas no tratamento do câncer de mama. Uma descoberta que pode ajudar milhões de mulheres que convivem com a doença ao redor do planeta.

Veneno do escorpião pode combater o câncer (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock)

De acordo com os pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP), foi observada a presença de uma molécula com ação contra células do câncer de mama. As informações são da Agência FAPESP.

A equipe conseguiu identificar duas neurotoxinas com ação imunossupressora. Após, constataram que o veneno do escorpião Brotheas amazonicus possui uma molécula bioativa, batizada BamazScplp1, com potenciais propriedades antitumorais.

ilustração digital de um câncer de pele se desenvolvendo no corpo
Veneno do escorpião apresenta potenciais propriedades antitumorais (Imagem: Ebrahim Lotfi/Shutterstock)

Os resultados de testes do peptídeo em células de câncer de mama revelaram que ele apresenta resposta comparável ao paclitaxel, um quimioterápico comumente utilizado no tratamento da doença, induzindo a morte das células principalmente por necrose, um ação semelhante à de moléculas identificadas em outras espécies de escorpiões.

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Médica realiza monitoramento de câncer de mama
O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura (Imagem: ORION PRODUCTION/Shutterstock)

Câncer de mama é o tipo mais comum de tumor entre as mulheres

  • No Brasil, o câncer de mama é a principal causa de óbitos em mulheres.
  • A taxa de mortalidade da doença é de 11,71 a cada 100 mil.
  • O sintoma mais comum é o aparecimento de um nódulo, geralmente indolor, mas outros sinais podem incluir inchaço, retração da pele, dor, inversão do mamilo, vermelhidão, descamação ou secreção do mamilo. 
  • Idade avançada, histórico familiar, exposição à radiação, obesidade e sedentarismo são alguns dos fatores de risco conhecidos. 
  • Hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos e não fumar, podem ajudar na prevenção da doença. 
  • Segundo os médicos, o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. 
  • Exames como mamografia e ressonância magnética, além de biópsia, são importantes para detectar o câncer de mama.
  • Lembrando que, embora seja mais comum em mulheres, a doença também pode afetar homens.


Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.


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