Entenda como um AVC pode levar alguém à morte

O Acidente Vascular Cerebral, mais conhecido como AVC, é uma condição médica grave que pode levar à morte em questão de minutos ou horas, dependendo da gravidade e da rapidez no atendimento.

Ele ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro é interrompido, seja por obstrução ou rompimento de um vaso, o que impede que o tecido cerebral receba oxigênio e nutrientes.

Essa falha pode provocar danos irreversíveis em áreas vitais do cérebro, afetando funções como respiração, batimentos cardíacos e consciência. Mesmo com avanços na medicina, o AVC continua sendo uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo, especialmente entre pessoas com fatores de risco como hipertensão, diabetes e histórico familiar.

Entenda como um AVC pode levar alguém à morte

O Acidente Vascular Cerebral, conhecido pela sigla AVC, é uma das principais causas de morte no mundo.

Oito em cada dez AVCs podem ser evitados com mudanças comportamentais, segundo especialistas (Imagem: peterschreiber.media/Shutterstock)

O termo refere-se a uma interrupção súbita do fluxo sanguíneo no cérebro, seja por obstrução (AVC isquêmico) ou rompimento de vasos (AVC hemorrágico).

Essa interrupção impede a chegada de oxigênio e nutrientes ao tecido cerebral, o que provoca a morte de células em poucos minutos. Apesar de parecer um evento isolado, o AVC é o resultado de anos de desgaste vascular e está diretamente ligado a fatores como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, obesidade e idade avançada.

O risco é especialmente alto em pessoas com mais de 60 anos ou com histórico familiar de doenças cardiovasculares.

A maioria dos casos de AVC é do tipo isquêmico, responsável por cerca de 85% dos episódios. Ele ocorre quando um coágulo ou placa de gordura bloqueia uma artéria cerebral, impedindo a irrigação de uma área do cérebro.

Já o AVC hemorrágico, mais grave e letal, acontece quando um vaso se rompe, provocando sangramento no tecido cerebral e aumento da pressão intracraniana. Em ambos os casos, quanto mais tempo o cérebro fica sem sangue, maiores são os danos.

Quando a lesão atinge regiões críticas, como o tronco encefálico, responsável pela respiração, batimentos cardíacos e consciência, o desfecho pode ser a morte. O AVC também pode provocar edema cerebral, herniação de estruturas e falência múltipla de órgãos em casos graves e sem atendimento imediato.

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A fisiologia de um AVC e seus fatores de risco

A fisiologia do AVC está diretamente ligada ao tempo. Minutos fazem diferença. Cada segundo sem oxigênio leva à perda de milhares de neurônios.

Cérebro humano sobrecarregado
Cérebro humano sobrecarregado (Imagem: SOLDATOOFF/Shutterstock)

Quando o fluxo sanguíneo é interrompido por mais de alguns minutos, o tecido cerebral sofre necrose. No caso de AVC hemorrágico, o sangue que extravasa no cérebro gera compressão direta sobre as estruturas cerebrais, levando a um aumento rápido da pressão intracraniana.

Se essa pressão não é controlada, pode causar a chamada herniação cerebral, uma condição em que partes do cérebro são empurradas para fora de sua posição normal. Isso interrompe a circulação dentro do crânio e leva rapidamente à morte encefálica, considerada irreversível.

Alguns hábitos aumentam significativamente o risco de sofrer um AVC. A hipertensão é o principal fator isolado, mas ela quase sempre está associada a outros comportamentos de risco. A boa notícia é que muitas dessas causas são evitáveis com mudanças no estilo de vida.

Evitar o tabagismo, controlar a pressão arterial e a diabetes, manter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios físicos são medidas comprovadamente eficazes.

Estudos recentes destacam oito hábitos que podem diminuir as chances de um AVC, segundo a ciência. Além disso, o reconhecimento rápido dos sinais, como fraqueza em um lado do corpo, dificuldade para falar, perda de visão ou dor de cabeça súbita, pode determinar se a pessoa sobrevive ou não.

Pés caminhando em uma esteira
Pessoa correndo numa esteira de academia (Imagem: peampath2812/Shutterstock)

O AVC não afeta apenas idosos ou pessoas com problemas crônicos. Pode ocorrer em pacientes debilitados por outras doenças, como infecções graves, e até mesmo em jovens com predisposição genética ou fatores de risco não diagnosticados.

Em situações em que o organismo já está comprometido, como em casos de infecção sistêmica, a chance de um AVC ser fatal aumenta.

Isso é o que pode ocorrer, por exemplo, quando há uma sobrecarga de agentes infecciosos no organismo, como a infecção polimicrobiana que acometeu o Papa Francisco. O AVC, nessas condições, pode ser o gatilho final para a falência neurológica.

Mesmo com os avanços da medicina, o AVC continua sendo uma das emergências médicas mais perigosas. O tempo entre o início dos sintomas e o atendimento é decisivo para a recuperação ou para a morte.

Em muitos casos, os pacientes chegam ao hospital já em coma ou com lesões cerebrais irreversíveis. Quando não é possível reverter o quadro, a evolução para morte encefálica pode ser rápida, especialmente em AVCs de grande volume ou em áreas profundas do cérebro.

A única forma eficaz de reduzir a mortalidade por AVC é a prevenção combinada com o reconhecimento imediato dos sintomas.

Com informações de Healthline.


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