Bactérias que vivem na pele podem atuar como protetor solar

Descoberta pode ajudar os cientistas no desenvolvimento de novos tratamentos mais eficazes contra as doenças de pele

Imagem: Me dia/Shutterstock

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Nosso corpo abriga um número incontável de bactérias. Mas calma, não há motivo para pânico. Elas atuam para manter o nosso organismo em funcionamento, sendo, na enorme maioria das vezes, benéficas para a nossa saúde.

O mesmo acontece na nossa pele, onde estes microrganismos se alimentam de nutrientes e produzem moléculas ativas que interagem com as células humanas. Agora, uma nova pesquisa aponta que esta relação pode ser ainda mais positiva.

Sol forte
Luz solar pode ser bastante nociva para a pele (Imagem: titoOnz/Shutterstock)

Bactérias atuam contra os efeitos prejudiciais da luz solar

  • De acordo com os pesquisadores, algumas bactérias que vivem na pele humana podem atuar como um protetor solar natural, ajudando a nos proteger dos raios ultravioleta (UV).
  • Esses micróbios podem neutralizar as alterações imunológicas, auxiliando as defesas naturais do corpo contra os efeitos prejudiciais da luz solar.
  • A equipe acredita que as descobertas podem ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos que não apenas bloqueiem os problemas causados pelos raios UV, mas também reparem os danos.
  • O estudo foi publicado no Journal of Investigative Dermatology.

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imagem mostra várias bactérias dentro do corpo humano
Bactérias que vivem no nosso corpo ajudam no equilíbrio do organismo (Imagem: wildpixel/iStock)

Experimento reproduziu a exposição solar em camundongos

O trabalho dos cientistas se concentrou em analisar como as bactérias da pele respondem à radiação UVB (ultravioleta tipo B), que causa queimaduras solares. Para isso, foi realizado um experimento imitando a exposição solar em camundongos.

A equipe ainda aplicou ácido cis-urocânico (dissolvido em água). Esta substância é formada quando a luz UV colide com moléculas na camada mais externa da pele. Ela pode suprimir as respostas imunológicas, desencadeando uma inflamação e tornando a pele mais vulnerável ao câncer de pele.

Médico examinando pinta que pode ser câncer de pele
Descoberta pode ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos de doenças de pele (Imagem: damiangretka/iStock)

Os pesquisadores descobriram que bactérias específicas, quando expostas à luz ultravioleta, produzem uma enzima chamada urocanase. Ela pode quebrar as moléculas de ácido cis-urocânico em componentes inofensivos e aumentando a proteção da pele.


Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.


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