Nova diretriz para tratar obesidade propõe uso racional do Ozempic

Documento da Abeso reconhece a obesidade como doença crônica e prioriza metas realistas, funcionalidade e decisões compartilhadas

(Imagem: oleschwander/Shutterstock)

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A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) lançou a nova Diretriz Brasileira para o Tratamento Farmacológico da Obesidade, reconhecendo a obesidade como uma doença crônica que exige tratamento contínuo e individualizado.

Com 35 recomendações, o documento orienta médicos e gestores sobre o uso adequado de medicamentos em conjunto com mudanças no estilo de vida. As informações são da Agência Brasil.

O foco deixou de ser apenas a normalização do peso para priorizar qualidade de vida, funcionalidade e metas realistas, como a redução de pelo menos 10% do peso corporal — visando controlar comorbidades como diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono.

Imagem mostra injeção de Ozempic, remédio aliado do controle da diabetes tipo 2.
Uso adequado de medicamentos como o Ozempic está nas recomendações de nova diretriz (Imagem: Marc Bruxelle/Shutterstock)

Principais recomendações:

  • Medicamentos recentes, como semaglutida, tirzepatida e liraglutida, são priorizados por sua eficácia e segurança comprovadas em estudos clínicos.
  • Pacientes com IMC acima de 27 e comorbidades ou acima de 30 já podem ser medicados, mesmo antes de tentativas de mudança no estilo de vida, em decisão compartilhada com o médico.
  • A diretriz também considera o uso off-label de fármacos com respaldo científico, respeitando segurança, tolerabilidade e custo.
  • Grupos específicos (idosos com sarcopenia, pessoas com câncer relacionado à obesidade e insuficiência cardíaca) recebem atenção especial.
  • Fenótipos alimentares e fatores genéticos e psicológicos devem ser levados em conta para personalizar o tratamento.
Pessoa medindo circunferência da barriga
Nova diretriz da Abeso marca avanço no tratamento da obesidade no Brasil (Imagem: Fuss Sergey/Shutterstock)

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Fórmulas contraindicadas

O documento também reforça a contraindicação de fórmulas perigosas, como as que contêm hormônios e diuréticos, e recomenda manutenção contínua da terapia para evitar o reganho de peso após a suspensão dos medicamentos.

Segundo a Abeso, essa diretriz foi construída com base nas melhores evidências disponíveis, com o apoio de 15 sociedades médicas brasileiras.

Diretriz atualizada redefine o tratamento farmacológico da obesidade no Brasil – Imagem: Liudmila Chernetska/iStock


Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.


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