As sanções impostas pelos Estados Unidos contra a China e a aplicação de tarifas comerciais globais da Casa Branca geram preocupações no mercado de chips semicondutores. Mesmo assim, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) está otimista.
Esta gigante do setor produz mais de 90% dos microchips avançados do mundo, que alimentam desde smartphones e inteligência artificial até armas. E, de acordo com o presidente-executivo da companhia, Che-Chia Wei, as incertezas globais têm pouco impacto sobre as operações da empresa.

TSMC não tem sido impactada diretamente pelas tarifas
Segundo Wei, as tarifas têm algum impacto sobre a TSMC, mas não diretamente. Isso se deve ao fato de que estas taxas são impostas aos importadores e não aos exportadores, caso da empresa de Taiwan. Entretanto, elas podem causar o aumento de preços no futuro, impactando a demanda.
Apesar disso, ele garantiu que a demanda por inteligência artificial continua forte e aumentando em praticamente todo o mundo. Por isso, o presidente-executivo da empresa espera que a receita e os lucros da TSMC atinjam novos recordes neste ano.

A companhia registrou um crescimento robusto nas vendas no trimestre de abril a junho. Isso se deve à demanda contínua por IA e chips de computação de alto desempenho, bem como pela maior busca de produtos pelos clientes para aumentar o estoque e se antecipar às tarifas de Donald Trump. As informações são do The Wall Street Journal.
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Disputa pela hegemonia tecnológica mundial
- Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
- O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
- Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
- Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
- Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.