Anvisa proíbe venda de marcas de ‘café fake’ após encontrar toxina

Anvisa alerta que a substância encontrada em “café fake” é imprópria para consumo humano e pode danificar fígado, rins e outros órgãos

Grãos de café/ Crédito: ril21 (shutterstock/reprodução)

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu três marcas de “café fake” de fabricarem e venderem “pó para preparo de bebida sabor café”. Além disso, proibiu propagandas dos produtos citados.

As marcas são: Melissa, Pingo Preto e Oficial. A decisão foi tomada após inspeções constatarem a presença da toxina ocratoxina A, substância imprópria para consumo humano.

Agora, todos os lotes esses produtos deverão ser recolhidos. E os já adquiridos precisam ser descartados.

Toxina encontrada em ‘café fake’ ocorre em grãos mal armazenados ou secos

  • A ocratoxina é uma micotoxina nefrotóxica e nefrocarcinogênica produzida por fungos, especialmente dos gêneros Aspergillus e Penicillium;
  • Ela pode ser encontrada no café, especialmente em grãos mal armazenados ou secos
  • Esta substância danifica os rins, podendo causar até doença renal crônica e deficiência renal;
  • Além disso, pode danificar o fígado, levando à acumulação de gordura e, possivelmente, à cirrose.
Fachada do prédio da Anvisa
Anvisa recomenda descarte de pacotes vendidos por três marcas de ‘café fake’ (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Produtos foram chamados de ‘café fake’

As marcas em questão já haviam sido desclassificadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) no final de março. Além da toxina, os produtos apresentavam matérias estranhas e impurezas acima do permitido pela legislação brasileira.

Ainda foram identificadas irregularidades na rotulagem. As marcas informavam conter “polpa de café” e “café torrado e moído”, mas utilizavam ingredientes de qualidade inferior, como grão cru ou até resíduos. Por isso, são conhecidos como “café fake”.

Matérias estranhas e impurezas estavam acima do permitido por lei (Imagem: reprodução/Ministério da Agricultura e Pecuária)

Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério da Agricultura, Hugo Caruso, os itens das três marcas não tinham café em sua composição e eram feitos de “lixo da lavoura”.

Nenhuma das marcas citadas se pronunciou oficialmente sobre a decisão da Anvisa até o momento.


Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Pedro Spadoni é jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Já escreveu para sites, jornal e revista. No Olhar Digital, onde escreve sobre (quase) tudo.


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