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O primeiro tratamento regenerativo para lesões na medula espinhal (LME) entrou em fase de testes em humanos. A terapia com células-tronco de pluripotência induzida (iPSC) foi desenvolvida pela XellSmart, empresa chinesa de biotecnologia, e aprovada nesta semana para ensaios clínicos de Fase I.
Entenda:
- O primeiro tratamento do mundo para curar lesões na medula entrou em fase de testes em humanos;
- A terapia usa células-tronco de pluripotência induzida, substituindo as células neurais danificadas ou mortas;
- Além de reparar as lesões, o tratamento também deve possibilitar o crescimento de todas as células necessárias para restaurar as funções afetadas;
- A expectativa é de que a terapia seja disponibilizada em massa ao público em até sete anos.

Como explica a XellSmart em comunicado, a estimativa é de que mais de 15 milhões de pessoas em todo o mundo sofram com LME. As lesões são, geralmente, relacionadas a acidentes de trânsito ou no local de trabalho, quedas graves, traumas esportivos e outros, e podem causar paralisia ou incapacidade grave. Não há uma cura, apenas tratamentos cirúrgicos e de reabilitação para restaurar parcialmente a qualidade de vida do paciente.
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Tratamento pode restaurar as células lesionadas
No novo tratamento, as células-tronco substituem as células neurais danificadas ou mortas em decorrência da lesão na medula. O foco aqui é não só reparar o dano causado pela LME, mas também possibilitar o crescimento de todas as células necessárias para a restauração das funções.

O tratamento passou por quatro anos de pesquisas pré-clínicas antes de receber a aprovação para os testes em humanos. A expectativa da equipe – que está trabalhando em parceria com a Universidade Nacional Sun Yat-sen, na China – é conseguir uma ampla aplicação para qualquer pessoa com lesão medular, sem a necessidade da coleta de células do paciente.
Próximos passos no tratamento para lesão na medula
A XellSmart explica que a conclusão dos testes em humanos está prevista para o próximo ano. Se os ensaios de Fase I se mostrarem um sucesso, o tratamento será testado em um número maior de pacientes, com a expectativa de que a Fase II comece em 2028. Em até sete anos, o tratamento deve ser disponibilizado em massa para a população.