Dando continuidade à “turnê mensal” de maio pelos planetas do Sistema Solar, a Lua tem dois encontros esta semana: o primeiro com Saturno e o segundo com Vênus. Isso não significa uma aproximação física, obviamente – é a visão da perspectiva da Terra. Nessas ocasiões, os corpos celestes aparecem bem próximos no céu, em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica.
De acordo com o guia de observação astronômica InTheSky.org, tudo começa às 15h (pelo horário de Brasília) de quinta-feira (22), quando a Lua e Saturno compartilham a mesma ascensão reta (coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre). Embora o encontro seja em plena luz do dia, dificultando a visibilidade, eles já estarão bem próximos no céu ao longo desta madrugada, a partir da 1h55.
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Na sexta-feira (23), a Lua se dirige até Vênus, com quem faz conjunção às 20h51, momento em que eles estarão abaixo da linha do horizonte, portanto, fora do campo de visão. O par poderá ser observado a partir das 3h08, desaparecendo ao amanhecer quando se perder no brilho do Sol.
Em ambos os casos, os corpos não estarão próximos o bastante um do outro para serem vistos juntos com um telescópio, mas serão facilmente observáveis a olho nu ou com um par de binóculos.
Enquanto a Lua estará em magnitude de -11.3, a de Saturno será de 0.9 e a de Vênus -4.4, com os três na constelação de Peixes. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o corpo mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.
O último planeta a receber a visita da Lua neste mês é Júpiter, na próxima quarta-feira (28). Essa série de conjunções que ela faz mensalmente ocorre porque ela orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.
