Em um estudo inovador publicado na revista Nature, pesquisadores da Universidade de Nova York descobriram que remover o aminoácido essencial cisteína da dieta de camundongos, combinado à desativação genética de sua produção, resultou em uma perda de peso drástica — até 30% em apenas sete dias.
O mecanismo, segundo os cientistas, está ligado à queda da coenzima A (CoA), molécula essencial ao metabolismo de ácidos graxos.
Descobertas do estudo
- Sem CoA, os camundongos não conseguiam gerar energia por meios convencionais e passaram a queimar gordura corporal para sobreviver.
- Além disso, os baixos níveis de cisteína aumentaram o hormônio GDF15, que reduz o apetite, contribuindo para a manutenção da perda de peso.
- “Descobrimos que a privação de cisteína ativa uma rede de vias biológicas interconectadas que levam à rápida queima de gordura”, afirmou Evgeny Nudler, um dos autores do estudo.
- Já o coautor Dan L. Littman destaca o potencial de manipular geneticamente esse processo: “Esperamos sequestrar partes desse mecanismo para induzir perda de peso em humanos sem eliminar completamente a cisteína”.

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Para humanos, aplicação da dieta é mais difícil
No entanto, os cientistas reconhecem que eliminar a cisteína da dieta humana é inviável, já que o aminoácido está presente em quase todos os alimentos e é fundamental para funções críticas, como a proteção de órgãos contra toxinas.
Apesar disso, o trabalho abre um novo caminho para a pesquisa de abordagens mais seguras e seletivas para induzir perda de peso, explorando a manipulação genética de tecidos específicos ou o bloqueio temporário da cisteína.