Vale a pena consertar um celular antigo?

Trocar ou consertar? Essa é uma dúvida comum quando o celular começa a apresentar falhas, especialmente se o aparelho já tem alguns anos de uso.

Mas será que investir no conserto de um celular antigo ainda compensa? Quais são os sinais que devem ser considerados para decidir se vale a pena levá-lo a uma assistência técnica?

Se você está com essas dúvidas, continue lendo, pois a seguir tentaremos ajudá-lo nessa decisão.

Vale a pena consertar um celular antigo?

A seguir, enumeramos nove tópicos que servem como etapas para ajudá-lo a decidir se deve ou não levar seu celular antigo para conserto em uma assistência técnica.

Pilhas de celulares danificados empilhados, prontos para manutenção ou descarte. / Crédito: Karen Poghosyan1 (Shutterstock/reprodução)

1. Antes de tudo: em que estado estava o aparelho antes do defeito?

Seja sincero: o seu celular estava bem conservado, com bom desempenho, bateria em condição razoável, sem quedas frequentes ou marcas de mau uso?

Ou ele já apresentava travamentos, lentidão, desgaste físico e bateria comprometida? Um conserto pode não compensar se o aparelho já estiver bastante deteriorado.

2. Tipo de defeito e complexidade do reparo

Trocas simples, como de tela ou bateria, são rápidas e viáveis. Já problemas na placa, falhas intermitentes ou múltiplos danos encarecem o reparo e diminuem a confiabilidade. 

Quanto mais complexo o defeito, maior o risco de outros problemas surgirem depois. Tenha isso em mente.

imagem mostra uma pessoa recolhendo do chão um celular com a tela quebrada
Pessoa pega celular caído e danificado sobre calçada de pedras. / Crédito: michaelheim (Shutterstock/reprodução)

3. Forma como o defeito ocorreu

O defeito apresentado pelo seu celular foi resultado de um acidente isolado (como queda ou contato com água) ou surgiu sem motivo aparente?

Defeitos espontâneos podem indicar falhas internas mais amplas, o que influencia o custo e a viabilidade do conserto. Considere isso antes de decidir levar seu celular a uma assistência técnica.

4. Problemas crônicos e defeitos de fábrica

Alguns modelos de celulares apresentam falhas recorrentes, conhecidas por técnicos e usuários.

Pesquisar o modelo e o problema na internet pode revelar se trata-se de algo típico e reincidente. Isso ajuda a prever se o reparo realmente solucionará o problema ou se ele poderá voltar a ocorrer.

O que fazer: pesquise pelo modelo do seu aparelho e pelo problema apresentado. Fóruns, vídeos e comentários podem indicar se é um defeito comum. Se for algo crônico, o conserto pode ser apenas paliativo.

imagem mostra uma pessoa segurando um iphone sobre o chão. a traseira do aparelho encontra-se rachada
Tela quebrada de iPhone 8 nas mãos de uma mulher. / Crédito: kipgodi (Shutterstock/reprodução)

5. Perfil de uso do dono

Quem usa o celular apenas para chamadas, mensagens e apps leves pode se beneficiar de um conserto simples. 

Já usuários que exigem fluidez, câmera de boa qualidade ou recursos de produtividade tendem a sentir as limitações do aparelho antigo mesmo após o reparo.

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6. Idade do aparelho: atualizações, peças e obsolescência programada

Aparelhos antigos costumam deixar de receber atualizações do sistema. Isso afeta a segurança digital e pode impedir o funcionamento de apps essenciais.

Como avaliar:

  • Se possível, verifique se o modelo ainda recebe atualizações de segurança no site oficial da marca.
  • Se possível, teste se apps como WhatsApp, bancos e redes sociais ainda funcionam corretamente. Se o sistema está travando, sem acesso a apps básicos, o uso já está comprometido — e o conserto não compensa.
imagem mostra a traseira azul metálica quebrada em um celular da samsung
Smartphone Samsung Galaxy S10 com tampa traseira trincada, em close. / Crédito: megaflopp (Shutterstock/reprodução)

7. Marca e qualidade do aparelho

Algumas marcas oferecem celulares com boa construção física, desempenho superior e atualizações regulares de software.

Dispositivos assim mantêm valor e funcionalidade por mais tempo, tornando o conserto mais vantajoso. Já aparelhos com hardware fraco, poucas atualizações e construção inferior podem não compensar o reparo.

Pesquise, consulte relatos em fóruns ou entre em contato com técnicos sobre a qualidade e a reputação do seu modelo específico. Se for uma marca confiável e o modelo ainda tiver boa reputação, o conserto pode valer a pena.

8. Obsolescência programada

Você já ouviu falar em obsolescência programada? É uma estratégia em que fabricantes projetam aparelhos para perder desempenho ou funcionalidade ao longo do tempo, forçando o consumidor a trocar o dispositivo mais cedo.

Se o seu celular já estava dando sinais claros de lentidão, travamentos frequentes ou dificuldade para rodar apps atuais, isso pode indicar que ele sofre desse problema.

imagem compara dois celulares, lado a lado: um com a tela toda rachada e o outro em perfeito estado
Técnico prepara substituição de tela quebrada de smartphone em mesa de trabalho. / Crédito: Poravute Siriphiroon (Shutterstock/reprodução)

9. Custo-benefício: valor do conserto versus preço de um novo aparelho

Se o conserto custa mais de 40% a 50% do valor que você pagou originalmente ou do preço de um celular novo com desempenho similar, já vale repensar. A troca pode oferecer mais vantagens, como garantia, atualizações e bateria nova.

Além disso, técnicos evitam consertar aparelhos antigos com valor muito baixo, principalmente se o reparo for demorado ou exigir peças difíceis. O risco de prejuízo acaba não compensando.

imagem mostra uma pessoa encaixando uma bateria na traseira de um celular
Técnico tenta remover bateria danificada de um iPhone 6. / Crédito: Poravute Siriphiroon (Shutterstock/reprodução)

Conclusão

Consertar vale a pena quando:

  • O aparelho ainda está em bom estado.
  • O defeito é pontual e de fácil reparo.
  • As peças são acessíveis.
  • O sistema ainda é funcional para seu tipo de uso.
  • O custo do conserto é proporcional ao valor do aparelho e à vida útil que ele ainda terá.

Trocar vale mais a pena quando:

  • O celular é muito antigo e desatualizado.
  • Há risco de novos problemas aparecerem.
  • O custo do conserto é alto e não garante uso duradouro.

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