Drones com IA aceleram mapeamento da Amazônia

Equipamentos sobrevoaram a floresta e identificaram, em tempo recorde, centenas de castanheiras-da-amazônia em uma área de 1.150 hectares

Imagem: Photo Spirit/Shutterstock

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A tecnologia é uma importante aliada no trabalho de mapeamento de zonas de difícil acesso na Amazônia. O mais recente exemplo disso veio de um experimento realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Foram utilizados drones equipados com inteligência artificial para sobrevoar a floresta e identificar, em tempo recorde, centenas de castanheiras-da-amazônia em uma área de 1.150 hectares. Todo este processo durou pouco mais de duas horas.

Tecnologia aumenta a precisão do monitoramento ambiental

De acordo com a Embrapa, foram 604 árvores observadas, um novo recorde para um intervalo de tempo tão pequeno. Normalmente, os métodos tradicionais de mapeamento florestal levam aproximadamente 73 dias.

Drones usam IA para identificar espécie de árvores (Imagem: Evandro Orfano/Embrapa)

Além da demora, este trabalho depende de uma equipe de cinco profissionais para escanear a mesma área. O uso dos drones com IA, por sua vez, reduz significativamente o tempo necessário para a coleta de dados e aumenta a precisão do monitoramento ambiental.

O sistema de inteligência artificial acoplado aos equipamentos foi treinado para identificar espécies de árvores com base em dados provenientes de diversas regiões. Isso também permitiu que os algoritmos identificassem cerca de 14 mil árvores de outras espécies.

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Uso de drones acelera o tempo necessário para mapear a floresta (Imagem: Caio Alexandre Santos/Embrapa)

Informações serão utilizadas na preservação das árvores

  • As castanheiras-da-amazônia são árvores de grande porte, podendo atingir até 50 metros de altura, e consideradas um símbolo da floresta amazônica.
  • Elas produzem a castanha-do-Brasil, um produto de grande valor econômico, social e ecológico brasileiro.
  • Esta espécie desempenha um papel fundamental na manutenção da biodiversidade da floresta, servindo de abrigo para diversos animais e plantas. 
  • No entanto, o desmatamento é uma das principais ameaças à sobrevivência das castanheiras.
  • Este novo monitoramento vai permitir a criação de mapas mais precisos destas árvores, o que pode servir para a melhor preservação dos vegetais.
Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é colaborador no Olhar Digital

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

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