País europeu planeja espalhar armas nucleares pelo continente

A medida reduziria a dependência da Europa em termos de segurança, além de poder evitar novos ataques da Rússia na região

Imagem: Anton Watman/Shutterstock

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A guerra entre Rússia e Ucrânia mudou totalmente o cenário da Europa. Se antes os governantes abriam mão de investimentos no setor militar, agora os países europeus estão promovendo um rearmamento do continente.

Além de investir mais em armas como drones e expandir o número de soldados disponíveis, há quem defenda espalhar armas nucleares pelo território europeu. A ideia é defendida publicamente pelo presidente da França, Emmanuel Macron.

Ogivas francesas seriam transportadas para outros países

A França é o único país da União Europeia com armas nucleares. De acordo com dados do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, os franceses possuem cerca de 280 ogivas nucleares que podem ser lançadas de seus submarinos ou jatos.

Explosão nuclear de uma bomba atômica em uma guerra nuclear. Ilustração digital 3D.
Poder de usar as armas nucleares continuaria sendo uma exclusividade francesa (Imagem: Benny Marty/Shutterstock)

Em uma recente entrevista, Macron lembrou que os Estados Unidos usam aeronaves para transportar os armamentos pelo continente europeu. A ideia é que esta proteção agora passe a ser uma responsabilidade francesa.

No entanto, o líder francês destacou que a decisão de levar ogivas para outros países europeus estaria sujeita a algumas condições. Uma delas é a garantia de que o poder de usar as bombas permanecesse exclusivamente nas mãos da França. As informações são da Newsweek.

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Medida é uma reação europeia ao conflito entre Ucrânia e Rússia (Imagem: evan_huang/Shutterstock)

Armas nucleares serviriam para intimidar a Rússia

  • A ideia foi sugerida por Macron pela primeira vez em março deste ano.
  • O chanceler alemão Friedrich Merz disse ser favorável ao seu país receber armas nucleares francesas como forma de proteger o continente de possíveis agressões futuras.
  • Outros membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), como Polônia, Dinamarca e Lituânia, que já expressaram preocupação com a ameaça russa, também se mostraram abertos a essa possibilidade.
  • A medida também serviria como uma forma de reduzir a dependência europeia dos EUA em termos de segurança.
  • Algo que é bem visto, ainda mais depois da piora da relação entre a Europa e o governo de Donald Trump.
Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.

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