Por que a abelha rainha é tão grande e as operárias tão pequenas?

O que define o tamanho e o papel de uma abelha na colmeia começa bem antes do voo – e tem tudo a ver com o que ela come ainda na fase de larva

As abelhas operárias recebem mel, néctar e pólen para alimentação na fase de larva. Imagem: Joe A/Unsplash

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No mundo das abelhas de espécie Apis mellifera, as rainhas irão crescer mais do que as operárias ao receberem uma alimentação diferenciada das demais ainda em fase de larva. Isso é crucial para definir o destino do indivíduo.

Enquanto as operárias comem mel, pólen e néctar, a rainha ingere de forma exclusiva uma gelatina real, que provem de uma secreção de glândulas de abelhas enfermeiras.

Há comprovações de que a gelatina real consumida durante a fase de larva da abelha rainha colabora para que ela se desenvolva de forma mais rápida do que as demais e atinja um tamanho adulto maior. Isso porque a gelatina contém a proteína Royalactina, que atua em um receptor responsável por determinar a proliferação de células, o que contribui para o metabolismo e o crescimento.

abelhas
Imagem: MiSchu/Shutterstock

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Por muito tempo, pesquisadores acreditavam que uma privação de nutrição para as operárias as tornava estéreis, em contraste com a suplementação nutricional para as rainhas, as únicas que se reproduzem.

Porém, um estudo publicado em agosto de 2015 na revista Science Advances encontrou evidências de que a fertilidade das rainhas não está relacionada apenas à ingestão da gelatina real, mas também a deixar de receber mel, pólen, néctar.

Esses alimentos contêm fenólicos derivados de planta que modulam o DNA das abelhas. Como não recebem esses alimentos das abelhas enfermeiras, as rainhas se tornam capazes de se reproduzir.

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(Imagem: PollyDot/Pixabay)

Para chegar aos resultados, os pesquisadores alimentaram dois grupos de larvas de abelhas Apis mellifera com ou sem ácido p-cumárico (APC), um composto fenólico, e observaram diferentes ativações de genes entre os grupos.

Aquelas que haviam consumido o ácido tinham ovários significantemente menores do que aquelas que não tinham. Além disso, os cientistas descobriram que em um grupo de genes conhecidos por regular o tamanho do órgão dos animais, a substância mudou a expressão de quase metade nos genes envolvidos nele.

Colaboração para o Olhar Digital

Ramana Rech é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

Layse Ventura

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Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.

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