A trombofilia é uma condição séria que pode afetar a saúde de gestantes e exige atenção especial. Em sua quarta gravidez, Maira Cardi (41) trouxe o tema à tona ao compartilhar sua experiência e alertar sobre os riscos desse quadro clínico. O descuido no tratamento pode ter consequências graves, como mostrou a influencer ao relembrar a perda de uma funcionária devido à condição.
Mas por que a trombofilia pode surgir durante a gestação? Quais os impactos para a mãe e o bebê? E como o tratamento adequado pode garantir mais segurança? Neste artigo, exploramos essas questões para esclarecer os cuidados essenciais.
O que é trombofilia na gravidez?
Assim como a Maira Cardi, muitas mulheres são diagnosticadas com trombofilia na gravidez. E ao contrário do que muitos pensam, a trombofilia não é uma doença, mas uma condição que pode surgir na gestação. A trombofilia é um distúrbio que aumenta a tendência do sangue a desenvolver coágulos, conhecidos como trombos.
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Durante a gestação, essa formação anormal de coágulos pode comprometer a circulação sanguínea na placenta ou no cordão umbilical, colocando em risco tanto a saúde da mãe quanto a do bebê.
A alteração na cascata de coagulação torna o sangue mais espesso, prejudicando a circulação placentária. Como consequência, podem surgir complicações graves, como aborto, óbito fetal, parto prematuro, restrição do crescimento do bebê e descolamento da placenta.
Além disso, a trombofilia está diretamente ligada ao comprometimento do desenvolvimento fetal. Infelizmente, quando 90% dos vasos da placenta são obstruídos, o bebê não sobrevive. Para a mãe há também risco de vida, devido à embolia pulmonar ou acidente vascular cerebral.
Por essa razão, devido a esses riscos, é imprescindível que o tratamento continue no pós-parto. De acordo com o depoimento de Maira Cardi em uma de suas redes sociais, foi por conta da falta de continuidade com a medicação após o parto, que sua funcionária veio a falecer.
Quais os sintomas da trombofilia na gravidez?
Um estudo realizado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) aponta que a trombofilia pode impactar entre 3% e 10% das gestações. Entre as possíveis complicações, condições como pré-eclâmpsia afetam aproximadamente 15% das gestantes, enquanto a restrição de crescimento fetal é registrada em cerca de 6,75% dos casos.
A trombofilia pode surgir em diferentes circunstâncias durante a gestação, afetando a circulação sanguínea e aumentando o risco de complicações graves. Além da predisposição genética, fatores como obesidade, varizes, anemia falciforme e histórico de câncer podem agravar a condição.
A idade materna avançada, doenças cardíacas e condições específicas da gravidez, como pré-eclâmpsia e gravidez gemelar, também elevam as chances de trombos, comprometendo a nutrição e oxigenação do bebê.

Episódios anteriores de trombose e períodos prolongados de imobilidade são fatores adicionais que podem comprometer a saúde materna. A identificação precoce e o tratamento adequado são essenciais para minimizar os riscos e garantir uma gestação segura.
Como é realizado o tratamento para trombofilia na gravidez?
O tratamento da trombofilia durante a gravidez exige acompanhamento médico e medidas preventivas para evitar complicações graves. O uso de anticoagulantes, como a heparina, é uma das principais abordagens para reduzir o risco de formação de coágulos e garantir que o fluxo sanguíneo para a placenta não seja comprometido.
Além da medicação, manter uma rotina saudável, com boa hidratação, alimentação equilibrada e atividades físicas leves, contribui para um melhor controle da condição.
Desde que recebeu o diagnóstico, Maíra Cardi tem compartilhado sua experiência com o tratamento nas redes sociais, mostrando a rotina de aplicações das injeções de heparina. A influenciadora destacou o impacto da medicação na segurança da gravidez e ressaltou a importância de seguir corretamente as orientações médicas.
As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.