Caverna que intrigou a Ciência foi palco de misterioso ritual maia

Centenas de ossos humanos foram encontrados nas profundezas da chamada Caverna de Sangue, localizada na atual Guatemala

Foi em uma caverna como esta que a ciência descobriu que o corpo humano segue seu próprio tempo — mesmo sem luz ou relógio (Imagem: Smit/Shutterstock)

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A descoberta de centenas de ossos humanos nas profundezas de uma caverna subterrânea utilizadas pelos antigos maias na Guatemala intrigou arqueólogos por anos. Os esqueletos foram localizados fragmentados e com claros sinais de ferimentos.

O local ficou conhecido como Cueva de Sangre (ou Caverna de Sangue, em português) e várias possíveis explicações foram apresentadas. Agora, pesquisadores revelaram o que realmente pode ter acontecido na época.

Caverna foi usada pelos maias entre 400 a.C. e 250 d.C.

  • Os ossos foram encontrados durante uma pesquisa no sítio arqueológico de Dos Pilas em Petén, Guatemala.
  • O local abriga diversas cavernas que foram usadas pelos maias entre 400 a.C. e 250 d.C.
  • Uma delas, no entanto, chamou a atenção.
  • Ali foram encontrados diversos ossos humanos espalhados pelo chão, muitos dos quais apresentando evidências de lesões traumáticas na época da morte.
  • As informações são do Live Science.
Crânios apresentam marcas de ferimentos (Imagem: Michele Bleuze/Universidade Estadual da Califórnia)

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Sacrifício pedia pelo fim da estação seca

Segundo os pesquisadores, os ossos fazem parte de um ritual de sacrifício realizado para o deus da chuva maia. O objetivo era pedir o fim da estação seca na região, que dificultava a vida dos antigos habitantes daqueles locais.

Uma das evidências que sustenta esta hipótese é o fato de que alguns restos humanos foram dispostos de forma não anatômica. Além disso, a presença de itens rituais, como ocre vermelho e lâminas de obsidiana, sugere que sacrifícios foram realizados ali.

Chichén Itzá México
Antigos maias teriam sido os responsáveis pelo sacrifício (Imagem: Ludovic Farine/Shutterstock)

A Cueva de Sangre é acessada por uma pequena abertura e uma descida para uma passagem baixa que se abre para uma piscina de água. Tanto hoje quanto no passado, a caverna teria sido inundada durante a maior parte do ano. Isso significa que só se poderia entrar no local durante a estação seca, entre março e maio, quando deve ter sido realizado o ritual.

Análises de DNA dos ossos serão realizadas para determinar a origem destas pessoas. Os resultados podem ajudar a entender melhor sobre esta época e decifrar o que realmente aconteceu dentro da caverna.

Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.

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