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Eddie Cue, vice-presidente sênior da Apple, revelou recentemente que o volume de buscas feitas pelo Google no navegador Safari caiu nos últimos dois meses — algo inédito em mais de 20 anos. As informações são do Wall Street Journal.
Cue atribuiu a queda à crescente adoção de ferramentas de inteligência artificial generativa, como ChatGPT e Perplexity, que estão sendo usadas como alternativa para pesquisas online.
A declaração ocorreu durante o julgamento antitruste movido pelo Departamento de Justiça contra o Google, e teve impacto imediato no mercado: as ações da Alphabet, empresa-mãe do Google, despencaram mais de 7%, eliminando cerca de US$ 250 bilhões em valor de mercado.
A Apple também sentiu os efeitos, com queda de 1%, já que recebe mais de US$ 20 bilhões por ano em pagamentos do Google por manter seu buscador como padrão no Safari.
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Buscas do Google começam a perder dominância
- Embora o Google ainda domine o mercado de buscas com quase 90% de participação global, sua fatia caiu em comparação aos 93% registrados no fim de 2022, antes da ascensão do ChatGPT.
- Dados recentes mostram que a empresa tem operado abaixo da marca de 90% nos últimos seis meses.
- A marca abaixo dos 90% é algo não visto em mais de uma década.
Google em momento delicado
A pressão do mercado, somada aos processos antitruste e à ascensão das IAs, expõe a vulnerabilidade do Google.
Embora ainda seja líder no segmento lucrativo de buscas comerciais, analistas apontam que boa parte das consultas aos chatbots não tem valor publicitário direto, o que pode afetar o modelo de negócios da Alphabet.
Além disso, as ações da empresa caíram 12% no último ano e agora são negociadas com o menor múltiplo de lucros futuros em 12 anos, ficando abaixo até da média do S&P 500.
Para os investidores, o Google parece “barato” — mas por um motivo: o risco de ruptura regulatória e tecnológica está mais presente do que nunca.
