Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que o local de nascimento de uma pessoa pode influenciar profundamente sua saúde e expectativa de vida — com uma diferença de até 33 anos entre os países com os maiores e menores índices.
A pesquisa destaca que fatores sociais, econômicos e estruturais — como moradia, acesso à educação, emprego digno e serviços públicos — são determinantes para a saúde, e que essas desigualdades persistem tanto em países ricos quanto pobres.
Desigualdade e discriminação determinam expectativa de vida
- Segundo o estudo, populações que vivem em situação de desvantagem social ou enfrentam discriminação, como povos indígenas, têm menor expectativa de vida mesmo em países desenvolvidos.
- Crianças nascidas em países de baixa renda têm 13 vezes mais probabilidade de morrer antes dos cinco anos do que as nascidas em países ricos.
- E, apesar da redução de 40% na mortalidade materna global desde 2000, 94% dessas mortes ainda ocorrem em países pobres.

Leia mais:
Problemas globais de saúde não estão perto de uma solução
O relatório também alerta que os compromissos estabelecidos em 2008 para reduzir disparidades em saúde até 2040 estão longe de serem alcançados.
A OMS calcula que quase dois milhões de vidas infantis poderiam ser salvas anualmente caso houvesse equidade entre os grupos mais ricos e mais pobres dos países de baixa e média renda.
Diante desse cenário, a organização faz um apelo por ações urgentes e coordenadas para reduzir a desigualdade econômica, ampliar o acesso universal a serviços públicos de qualidade e enfrentar as causas estruturais das desigualdades — como conflitos armados, crises humanitárias e migração forçada.
