Apple não vai manter preço do iPhone por muito tempo

Apesar do tarifaço estar pausado, empresa já perdeu bilhões de dólares em valor de mercado

Imagem: Urbanscape/Shutterstock

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A Apple foi uma das principais afetadas pelo tarifaço de Donald Trump, com prejuízos de US$ 350 bilhões em mercado desde o anúncio das tarifas (e elas nem começaram a valer). Por enquanto, a empresa está arcando com os custos adicionais, mas deve começar a repassar os aumentos para seus produtos em breve. Mais especificamente, para o iPhone.

Ao mesmo tempo, a companhia está movimentando sua cadeia global de suprimentos e montagem, na esperança de neutralizar algumas das tarifas mais agressivas (principalmente para a China).

Tarifas estão em pausa, mas Apple já sentiu os prejuízos em valor de mercado (Imagem: Below the Sky/Shutterstock)

iPhone deve aumentar de preço em breve

Apesar do tarifaço de Trump ter sido pausado, o mero anúncio das tarifas fez com que a Apple tivesse prejuízos bilionários nas bolsas de valores. Por ora, o impacto é pequeno, com os resultados do trimestre sendo positivos para empresa em quase todas as divisões. O Olhar Digital detalhou os números vs. as expectativas aqui.

Segundo o Wall Street Journal, por enquanto a Apple optou por arcar com os custos adicionais impostos pelos prejuízos, mas é improvável que isso dure muito tempo. Especialmente considerando a reputação da companhia da maçã em manter suas margens de lucro bem protegidas.

Em nota após a divulgação dos resultados do segundo trimestre fiscal, o analista Srini Pajjuri, da Raymond James, previu que a empresa deve começar a aumentar os preços. E o iPhone deve ser um dos impactados.

Pessoa segurando iPhone 16 Pro mostrando a parte traseira dele
Clientes da Apple devem sentir os efeitos do tarifaço no iPhone (Imagem: vfhnb12/Shutterstock)

Como será o futuro da Apple?

A perda de ações afetou o segundo trimestre fiscal da empresa. No entanto, as tarifas em si só terão efeito a partir do terceiro trimestre, que termina em junho. Pensando nisso, a Apple já está se movimentando:

  • A companhia vem tomando medidas para compensar o impacto das tarifas. Por exemplo, uma parcela grande dos iPhones vendidos para os Estados Unidos vêm da Índia e do Vietnã;
  • No entanto, segundo o WSJ, a empresa deve ter dificuldade em se desvincular completamente da base de fabricação na China – principalmente em um momento em que planeja fazer melhorias no design e desempenho dos modelos, como corpo mais fino e tela dobrável. Ou seja, a produção fica mais complexa;
  • Já a longo prazo, a preocupação é com a cadeira de suprimentos hardware, que, no caso da Apple, vem principalmente do exterior. Porém, desafios como esse já aconteceram antes e é bem provável que a empresa tenha um plano B.

Leia mais:

No final das contas, a Apple continua sendo a única a arcar com o iPhone. A operadora Verizon, por exemplo, já indicou que não vai cobrir nenhum aumento no preço dos aparelhos, se for o caso. E muito provavelmente o iPhone vai aumentar.

Vitoria Lopes Gomez

Vitoria Lopes Gomez é redatora no Olhar Digital

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