A ideia de que os seres humanos estão perto de atingir o limite natural da longevidade pode estar equivocada. Um novo estudo da Universidade de Zurique, ainda não revisado por pares, indica que a expectativa de vida continua subindo globalmente, contrariando previsões anteriores de estagnação.
O estudo está atualmente disponível na bioRxiv.
Os autores reavaliaram dados que sugeriam uma desaceleração nos países mais ricos e argumentam que isso não representa o cenário mundial completo. Em muitos países em desenvolvimento, a expectativa de vida continua avançando, o que mantém a tendência global de crescimento.
De forma semelhante a outras áreas como tecnologia, onde os avanços podem mudar de país ao longo do tempo, os ganhos na longevidade humana também podem estar apenas mudando de endereço.

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- Analisando informações do Banco de Dados de Mortalidade Humana, os pesquisadores descobriram que entre 2000 e 2020, a expectativa de vida dos homens cresceu quase 2 anos por década (1,96), e a das mulheres, 1,45 anos.
- Esses números são um pouco abaixo dos registros históricos desde 1840, mas ainda indicam crescimento contínuo.
- Se essa tendência se mantiver, as mulheres podem alcançar uma expectativa média de 100 anos até 2063.
Longevidade sem limites
Para os autores, isso reforça que a longevidade humana não apresenta sinais claros de estagnação ou de um teto biológico próximo.
Eles concluem que, apesar das diferenças regionais, o padrão global segue uma linha de crescimento linear, o que sugere que a humanidade ainda tem espaço para viver muito mais — talvez mais do que imaginamos.
