Múmia antiga revela método de embalsamamento incomum

Múmia extremamente bem conservada foi encontrada em uma pequena vila onde hoje fica o território da Áustria

Imagem: Wang Sing/Shutterstock

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Diversos povos e culturas ao redor do mundo tiveram como prática mumificar seus mortos. Mas os métodos de embalsamamento nem sempre eram os mesmos, variando dependendo do local onde foram identificados.

Agora, um novo estudo revelou uma forma ainda não documentada. A descoberta ocorreu após análise de uma múmia extremamente bem conservada que foi encontrada em uma pequena vila onde hoje fica o território da Áustria.

Diversos materiais foram encontrados dentro do corpo

  • De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo trabalho, a múmia foi encontrada na cripta da igreja de St Thomas am Blasenstein.
  • Ela é o cadáver de um vigário paroquial local, Franz Xaver Sidler von Rosenegg, que morreu em 1746.
  • A investigação descobriu que o excelente estado de preservação do corpo foi possível por meio de um tipo incomum de embalsamamento.
  • Ele consiste em encher o abdômen através do canal retal com lascas de madeira, galhos e tecido, além da adição de cloreto de zinco para secagem interna.
  • As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Frontiers in Medicine.
Múmia pertence a um religioso austríaco (Imagem: Frontiers in Medicine)

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Novo método de embalsamamento

A equipe realizou extensas análises, incluindo tomografia computadorizada, autópsia focal e datação por radiocarbono. A parte superior do corpo da múmia estava totalmente intacta, enquanto as extremidades inferiores e a cabeça apresentavam considerável decadência post-mortem.

Durante a investigação, os pesquisadores encontraram uma variedade de materiais estranhos embalados na cavidade abdominal e pélvica. Ao abrir o corpo, identificaram lascas de madeira, fragmentos de galhos, bem como diferentes tecidos, incluindo linho, cânhamo e linho.

Corpo foi mantido em excelente estado de preservação (Imagem: Frontiers in Medicine)

Todos esses materiais eram facilmente disponíveis naquela época e naquela região. Os pesquisadores acreditam que essa mistura manteve a múmia em tão boas condições, com as lascas de madeira, galhos e tecido seco absorvendo grande parte do fluido dentro da cavidade abdominal.

Os cientistas ainda encontraram vestígios de cloreto de zinco, que tem um forte efeito secante. Essa forma de embalsamamento é diferente dos métodos mais conhecidos. No entanto, não muito difundido em razão dos danos causados ao corpo.


Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital


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